quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

From 365 to 1

2014 foi um bom ano! Um ano de família, de amigos, de estudo, de alegrias, de vitórias, de tristezas, de perdas... Aconteceu de tudo um pouco neste ano que termina hoje às 00h.
Para mim não vai haver festa hoje. Vai ser uma noite tranquila em casa com os pais. "Ai que horror Madalena, estou a ver que continuas anti-social!". Sim amigos, talvez tenham razão, mas odeio confusões. E para que fique esclarecido não vou sair e festejar porque não me apetece ir! Ainda por cima estou super doente e o laboratório que produz o meu medicamento decidiu que como era final do ano não ia fornecer as farmácias. Portanto, estou doente e sem a medicação da asma! How fun... 
Sendo assim vou mesmo ficar em casa, jantar com a família, beber um champanhe e comer umas passas, ver tv e, quem sabe, sair para ver o fogo de artificio. Parece-me um bom plano. :)
Só para completar, deixo aqui uns objetivos para 2015 que já vêm de outros anos passados:

  • Tirar a carta de condução
  • Perder peso
  • Concentrar-me na faculdade
  • Ajudar mais em casa
  • Escrever mais
  • Pintar mais
  • ...
E tantos outros porque há sempre mais qualquer coisa e a lista é infinita!
Bom Ano caros leitores! Espero que este ano tenha sido tão bom para vós como foi para mim e que 2015 consiga surpreender pela positiva! 


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Feriado só para alguns

Hoje foi (e ainda é) feriado em Torres Vedras (a minha cidade natal como sabem), de longe um dos meus feriados favoritos. S. Martinho! Sempre adorei este feriado porque para além de estarem a decorrer as festas da cidade, dava aquela ideia de que neste dia a minha cidade era mais que as outras. E um dia sem aulas é sempre bem-vindo! Quando o meu irmão foi estudar para Lisboa fartava-me de "gozar" com ele que ia ter aulas enquanto eu estava em casa, provavelmente a dormir. Agora que sou eu que estou a estudar em Lisboa deixou de ter graça! Hoje foi a vez dele ficar em casa porque a empresa fechou a dia de feriado e eu levantei-me cedo para mais um dia na capital. Como podem imaginar a minha família teve a ousadia de fazer o melhor almoço do mundo e enfardar castanhas e vinho sem mim... Ao menos deixaram-me algumas castanhas, ainda que frias são melhor que nada! Vou ver se ainda há vinho...

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Mais do mesmo

Sim, este é mais um daqueles textos em que lamento sobre a minha vida. Sim, é mais um daqueles textos em que lamento não fazer nada da minha vida. Sim, é sem dúvida um daqueles textos que não deviam estar a ser escritos porque tenho coisas muito mais relevantes para fazer. 
É verdade, mais uma vez estou completamente perdida e com tudo para fazer! Será que algum dia vou aprender? Dou por mim e o semestre vai quase a meio e ainda não fiz nada de útil! Tenho tudo para fazer! Admito que não tenho disposição para fazer nada e por isso não faço, mas isso é outro assunto. Tantos filmes interessantes e séries e livros... E depois este tempo magnifico de Outono/Verão/Inverno que só dá dor de cabeça e vontade de dormir. Estou a ficar para trás, estou estou! Ainda não aproveitei um fim de semana para meter as coisas em ordem e durante a semana estou sempre tão podre que chego à cama e adormeço. Não é que tenha perdido o interesse pelas coisas, aliás, estou a gostar bem mais deste semestre que dos anteriores, mas é chato. Fazer trabalhos é chato! Sinto que o esforço é sempre demasiado para os resultados que depois são atribuídos. Não é muito justo, mas também nunca foi. E depois meto-me em cada coisa... Estou sempre a arranjar mais trabalho e acabo por fazer cada vez menos. Tenho mesmo de me aplicar e tentar ter as coisas mais em ordem para não ter de ficar até às tantas a rever trabalhos e a ler artigos e etc. Enfim...

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

(Beber) Cair e Levantar

Só depois de sozinhos com os nossos pensamentos é que percebemos realmente como estamos na merda! Podem dizer-nos a pior coisa do mundo que nos magoa e nos aflige, mas é mesmo só depois de um momento a sós é que damos conta do que se passou. Parece que só depois de refletir sobre a situação é que percebemos o quanto a notícia nos afetou. Custa-me saber que não é a primeira vez que estou assim desiludida, mas por outro lado também me ajuda a saber que posso recuperar disto! As pessoas continuam a ser uma merda e a funcionar apenas para interesse próprio (e não sei porque raio me deixei levar outra vez...). Está mais que visto que não se pode confiar em ninguém a 100%. Tinha prometido a mim mesma que este tipo de merdas não me ia atingir novamente, mas atingiu! Agora já não há grande coisa a fazer para além de dar um pontapé na cara da vida e na cara de certas pessoas e seguir com as coisinhas para a frente. Tenho objetivos que pretendo concretizar e não estou para aturar gente estúpida sem valores nenhuns que só sabe pisar os outros para se manter por cima. Conhecem-me muito mal se acham que estes joguinhos funcionam comigo. Não gosto de ser assim arrogante para toda gente, mas não me provoquem... Sempre se disse que amor com amor se paga!

domingo, 21 de setembro de 2014

A Semana de Praxe!

Acho que se pode dizer que no primeiro dia desta semana que passou eu estava tão ou mais assustada que os caloiros! Estava super ansiosa por conhecer toda gente, ver quem tinha entrado e saber se havia alguém de Torres Vedras (e sim, há!). Não sabia como é que ia reagir a esta nova fase de ser uma entidade praxante e por isso estava super assustada. Mas acabou por correr tudo bem! Foi uma semana fantástica, apesar de eu achar que podia ter dado muito mais do que dei (muito mais mesmo) e que podia ter aproveitado mais. Acho que gritei muito pouco, praxei muito pouco e não me dei muito a conhecer. Isto seria de esperar sendo que sou um bocado mais reservada do que devia, ainda que talvez não se note assim tanto. Juro que tentei participar nas coisas todas e dar o meu máximo e deixar o meu padrinho e os meus colegas orgulhosos de mim, mas foi realmente difícil conseguir sobressair no meio de tanta gente fantástica e com talento para comunicar. Não sei a opinião dos outros em relação ao meu comportamento, mas sei o que penso sobre o que fiz e acho que dei pouco. Nunca consigo evitar este sentimento de que podia ter feito mais… Outra coisa sobre esta semana foi o andar a semana inteira trajada! Tinha muita piada vestir o traje um dia ou outro, os sapatos até conseguiam ser confortáveis. Contudo, quando se anda uma semana sem calçar outra coisa e sem vestir outra coisa o traje consegue ser verdadeiramente cansativo! É uma roupa extremamente quentinha! Mas o pior de tudo é mesmo os sapatos! Raio dos sapatos que conseguem estar largos no calcanhar e apertados nos dedos! Todos os dias, mais ou menos umas 10 horas por dia, a semana inteira… Foi duro não calçar mais nada a semana toda. Tenho os pés completamente “destruídos”! O coitado do meu pé esquerdo sofreu tanto; ganhou duas bolhas estupidamente gigantes no dedo mindinho. Sinceramente, andei a semana toda cansada! Agora estou bem melhor (sem contar com o pé esquerdo)! A Semana de Praxe acabou e a conclusão a que chego é que não praxei o suficiente e que dei cabo dos pés! Mas a Praxe não acaba e vou ter mais oportunidades para mostrar que consigo ser uma entidade praxante em condições! De momento só me resta recuperar para quando chegar a altura conseguir estar com as baterias carregadas! 

domingo, 10 de agosto de 2014

A vida começa à segunda

Sabem como tudo o que planeamos fazer, planeamos sempre para começar a uma segunda? É verdade! Por alguma razão as pessoas tendem a planear começar alguma coisa a uma segunda-feira. Isto acontece tanto que eu já tento planear começar as coisas noutro dia só para não parecer cliché, mas nunca acontece por isso esqueçam. A vida começa à segunda. O pré-começo é sempre no domingo ao final da tarde ou já à noite quando estamos preparados para dormir e só conseguimos pensar em tudo o que ficou para fazer no fim de semana. É mais ou menos por volta desta hora que começam as promessas/planos de que no dia seguinte (segunda-feira) vamos seriamente fazer o que planeamos. Vejamos, é na segunda que as pessoas dizem sempre que vão começar a dieta, que vão começar a cumprir o plano de estudos e que vão conseguir manter o quarto/a casa arrumados durante toda a semana. Desenganem-se meus caros leitores, nada do que é planeado para começar a uma segunda-feira se chega a concretizar seriamente. Falo por mim, que sei bem quantos planos já fiz para começar numa segunda e nunca vi tal coisa acontecer. A explicação que consigo encontrar para este fenómeno é o facto de ser mais supostamente mais fácil de começar alguma coisa porque começa uma nova semana. É segunda-feira e toda a porcaria do fim de semana é esquecida e é tempo de começar uma semana inteira de trabalho e estudos, por isso é também tempo para começar qualquer outro plano que se tenha. O problema é mesmo quando estamos numa quarta e as promessas de planos continuam a ser passadas para a próxima segunda. Enfim, isso é outro assunto. Claramente as palavras "começo na segunda" são utilizadas como desculpa para adiar qualquer coisa que sabemos que queremos fazer e que precisamos, mas que não temos vontade nenhuma.
Em suma, resta-me dizer que precisamos todos de ganhar coragem e cumprir com esses planos todos de domingo à noite ou de qualquer outro dia. Porque não? Afinal de contas o que precisamos é de arranjar maneira de cultivar força de vontade. Eu sei, eu sei, isto é estupidamente difícil, acreditem, eu sei. Mesmo assim, temos de tentar e conseguir. Quando começarem a magicar os planos e decidirem que é para começar na segunda, porque não decidem melhor e começam logo nesse momento? Talvez ajude. Coragem! (eu vou tentar também)
Boa semana.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

straight ahead

É incrível como as pessoas mudam de vida de um momento para o outro. Já vos disse aqui, e vocês sabem, que a vida dá muitas voltas, umas boas, outras más. Não sei se me parece correto dizer que seja assim para toda gente. Acho sempre que algumas pessoas têm demasiadas voltas más e não conseguem aproveitar as boas, se é que estas existem sequer. Sei que não devia querer saber, mas a verdade é que custa seguir em frente quando outra pessoa que em tempos significou o mundo para mim não o consegue fazer. Não me interpretem mal, seguir em frente é fantástico. Os últimos anos da minha vida têm sido muito proveitosos. Sou uma pessoa diferente, cresci... No entanto, não consigo deixar de sentir que podia ter tentado mais e ter feito mais para que outros também tivessem mudado, tivessem crescido. Não consigo deixar de pensar como seria esse alguém que continua preso a si mesmo e que não é capaz de crescer se eu tivesse tentado mais puxa-lo para a frente. Novamente não pretendo ser mal interpretada. Quando falo em crescer, não me refiro ao crescimento de infantil para adulto, nada disso. Vejo a infantilidade que temos em nós necessária para manter a mente sã. O que quero dizer quando digo crescer é prosseguir estudos, arranjar um trabalho, manter um passatempo que nos faça bem ao corpo e à alma... Quando aqui digo crescer, estou a falar de crescer como pessoa, e não me parece que todos tenham conseguido. Claro que não penso nisto todos os dias (dava em louca se assim fosse), mas penso com alguma regularidade, e perturba-me. Sei que não devia. Sei que a vida é mesmo assim. Sei que uns seguem em frente e outros ficam para trás. Sei isso tudo. O que não sei é se havia/há alguma coisa que pudesse ter feito para mudar isto. Alguma coisa para o puxar para a frente. Chega a ser ridículo ver alguém com potencial a deitar tudo fora. Parece-me falta de incentivos. Parece-me falta de vontade própria. Será errado continuar a pensar que com as pessoas certas a apoiar também ele andaria para a frente? Não sei. E não sei o que podia ter feito, mas acho mesmo que podia ter feito mais do que fiz. Quando penso nisto penso que na realidade não fiz nada. Tentei ser uma amiga em quem confiar, com quem contar. Ainda tento. Nunca me pareceu que isso tivesse valido para alguma coisa. E a cada ano que passa fica pior. Sei que ele continua aqui parado, perdido talvez. Talvez lhe custe ver os outros sair daqui, vê-los a construir uma vida. Não sei como travar isto. Não me parece justo. Mas eu tentei, juro que tentei. Tentei ajudar no que podia. Incentivar o que podia. Não posso mais. Talvez possa! Queria que ele fosse para a frente com a vida dele. Que fosse capaz de mandar os que o atrasam à merda (mesmo que isso inclua parte dele próprio também). Que voltasse aos estudos. Que fosse trabalhar, num trabalho mais ou menos fixo, em condições. Que fosse fazer o que deseja fazer. Pouco importa o caminho que fosse tomar, importa que seja em frente. Em frente e em direção a uma pessoa melhor como sei que ele pode ser. Em frente e em força. Queria que ele tivesse sonhos, objetivos, vontade... Queria que ele seguisse em frente, que conseguisse crescer. Tenho esperança que um dia ele vá em frente e deixe estas coisas que o corrompem no passado. Nessa altura não vou sentir mágoa quando for eu a continuar a minha caminhada, porque sei que ele vai estar a caminhar em frente também. Um passo ou dois atrás, mas lá. J

terça-feira, 8 de julho de 2014

I wonder...

Supondo que a treta de que existe uma alma gémea para cada pessoa é verdade: Alguma vez pararam para pensar o que é que a vossa alma gémea está a fazer neste momento? É curioso não acham? Numa qualquer parte do globo terrestre pode existir aquela pessoa que vos completa, a vossa cara metade. Como é que será a sua vida? Quais os sonhos? As ambições? É de facto curioso. Acreditar na possibilidade de que existe alguém algures no mundo que é o meu "perfect match" é tanto reconfortante como assustador. E se começarmos a refletir sobre isto é ainda mais curioso, ora vejam. Será que já me cruzei com a minha alma gémea na rua? Será que já falamos? Existe um montão de lugares no mundo, mas tanto quanto sei essa pessoa pode estar a viver na porta ao lado. Para ser sincera nunca me tinha posto a pensar muito nisto, mas acho que chega a uma altura na vida em que pensamos sobre tanta coisa em que nunca tínhamos pensado e não chegamos a conclusão nenhuma! O que é certo é que quando penso neste assunto imagino sempre uma vida a dois. Eu, locutora de rádio. Ele, arquiteto/designer. Um apartamento, não muito grande, apenas com espaço suficiente para ter o meu canto das pinturas e um escritório improvisado para ele. Sem filhos. Um aquário com alguns peixes. A certa altura ele vai querer ter um cão, mas depois percebemos que nenhum dos dois tem tempo.Vida simples. Dedicados ao trabalho. Jantares com os amigos aos fins de semana. Acho que seria qualquer coisa deste género... mas quem sabe?
Sempre odiei o futuro! Maníaca controladora como sou quero sempre planear tudo e acho que não podemos planear como vai a nossa vida daqui a 15 ou 20 anos. 
A grande questão aqui é: Será que vivemos todos esses anos com o amor da nossa vida sem saber realmente?

sábado, 5 de julho de 2014

De Férias

Demorou, custou, mas foi! Finalmente (e oficialmente) de férias! O semestre acabou, os exames acabaram, o primeiro ano de faculdade acabou... um fim merecido pelo qual lutei. Os resultados académicos podem não ter sido os mais favoráveis, mas dei o que consegui e cheguei até aqui por isso não podem ter sido assim tão maus. Sinto que me esforcei, mas que cheguei a um ponto em que já não queria saber e talvez me tenha desleixado mais no fim do semestre (dizem que faz parte). 
Este ano passou a voar... ainda ontem estava a assinar papéis de matricula e agora estou a preparar-me para um verão, mais curto do que habitual é certo, mas não deixa de ser verão e não deixam de ser férias. E já se sabe, férias são férias, mesmo que em pequeno número.

Vou finalmente conseguir ver as séries que queria ter começado a ver faz tempo e vou ter tempo para ler os livros que estão a ganhar pó nas estantes aqui em casa (e nas estantes das livrarias também). Também tenho uma lista imensamente longa de filmes para ver. Acho que dois meses não chegam! Tanto filme, livro e série vão deixar-me exausta para praias e piscinas, mas hei-de arranjar forças. 
Para não variar tenho um montão de ideias giras para as férias! Queria muito dar um novo ar ao jardim aqui de casa e estou sempre a encontrar na Internet maneiras super giras e baratas para decorar a casa. 

O tempo ainda não está fantástico, mas já dá vontade de andar de sandálias e de usar roupas mais coloridas e frescas! Renovei o stock de t-shirts e tenho umas sandálias mesmo giras, que apesar de serem do ano passado ainda estão em muito bom estado. 
Mais umas férias de verão. Agora é preciso aproveitar e recuperar forças! 

Bom Verão! Boas Férias!

Os sites/páginas com ideias giras: 




segunda-feira, 9 de junho de 2014

Sou ou Estou Feliz?

Não sei se sou ou se estou feliz. 
Esta dúvida tem pairado na minha cabeça desde que fui estudar para Lisboa. 
Sou uma pessoa diferente do que era quando deixei o secundário, e para dizer a verdade, gosto muito mais de quem sou agora. Dou por mim a pensar como era insegura, como achava importante o que os outros pensavam de mim... Agora estou segura sobre quem sou e sei o que penso. Estou feliz com a mudança. Estou feliz no geral. A vida corre-me bem. Claro que existe muita coisa que sai fora dos carris de vez em quando, mas já não me vou abaixo como sei que ia há 2 ou 3 anos. Em vez de me ir abaixo sou capaz de impulsionar felicidade. Orgulha-me dizer que são poucos os momentos em que me sinto miserável e triste. 
Ainda assim, não sei se estou feliz agora porque a vida me está a correr bem, ou se sou uma pessoa verdadeiramente feliz. Talvez seja feliz... Quer dizer, porque não seria? Tenho uma família, uma casa, estou a estudar, tenho bons amigos, o dinheiro não é abundante, mas também não falta... Tenho condições para ser feliz, mas esta coisa entre estar e ser atormenta-me. 
Tenho medo desta felicidade que me percorre. Não quero ficar estupidamente agarrada a uma coisa efémera que mais tarde ou mais cedo se vai embora sem avisar. Chego a ficar aterrorizada com a ideia de me agarrar à felicidade que sinto agora e de mais tarde me vir a desiludir. Acho que estou a perder momentos fantásticos da minha vida por causa deste medo parvo. Acho que estou a deixar passar oportunidades para viver a minha vida ao máximo porque tenho medo de me desiludir com fantasias da minha cabeça. 

Não sei que mais me resta fazer. Quero viver os momentos todinhos, mas estou a deixá-los fugir e eles não vão voltar nunca. Estou a deixar a vida passar-me a frente dos olhos. Tenho medo. E é um medo aterrorizante!!!
Só me resta viver aos pouquinhos, um dia de cada vez, deixar andar, feliz, mas não demasiado...


Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, 
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento - 
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da de cadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

- Ricardo Reis - 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

those summer nights

Sou uma amante do inverno, mas já sinto falta:

das noites quentes na praia.
dos mergulhos à meia noite.
dos gelados de morango, chocolate e baunilha.
dos granizados em copos às cores.
da música alta.
das noites longas.
de ficar fora até de manhã.
dos amigos e das amigas.
de dançar feita louca.
das luzes psicadélicas. 
das bebidas frescas.
da boa companhia. 
da diversão garantida.
...

Os dias de verão são perfeitos, but oh oh those summer nights...


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Estar triste

Dizer que não estamos tristes não nos faz ficar mais alegres, é um facto! A verdade é que nos estamos a tentar convencer de que está tudo bem, mas por mais mentiras que continuemos a tentar contar a nós próprios a tristeza não se vai embora. Pelo contrário, parece que a nossa mente fica inundada com pensamentos ainda mais tristes.
Aquela vontade de não falar com ninguém para o resto da nossa vida. Querer ouvir música deprimente, sentados no escuro do nosso quarto enquanto tentamos lidar com a angústia que nos vai na alma. Todas as viagens nos transportes com o olhar profundo e vazio pela janela fora e pensar que bastava um passo a mais na plataforma do metro para desaparecer para sempre sem ninguém notar. Poupava a minha dor e a dor dos outros também.

sábado, 3 de maio de 2014

MAIO

Maio de 2014, o último mês do primeiro ano de faculdade (sem contar com os exames).
Este mês vai ser a maior correria da minha vida e até já estou cansada só de pensar. As próximas semanas vão ser de trabalho intensivo e algo me diz que as horas de sono vão ser poucas. 3 trabalhos para fazer e entregar e mais umas quantas frequências. Entre isso o traçar da capa e a semana académica. Tenho a agenda carregadinha de coisas para fazer e o dia ainda continua só a ter 24 horas e o fim de semana continua a ser apenas 2 dias. 
Se tiver sobrevivido a isto tudo sem um esgotamento, em junho passo por cá. 

domingo, 27 de abril de 2014

Põe na pausa

24 horas de pausa chegavam.
Provavelmente também já se sentiram assim e dizem que à medida que vamos ficando mais velhos nos sentimos assim com mais frequência. Ultimamente não tenho tempo para nada. Os dias passam a correr e tão depressa é segunda como já é sexta. Claro que sabe bem que a semana passe depressa para podermos aproveitar o fim de semana, mas nos últimos dias não consigo cumprir nada do que tenho planeado. 
Tenho a minha agenda super preenchida e os prazos começam a ficar curtos. Por mais que tente, o tempo não estica e passa cada vez mais rápido. Obviamente que ia conseguir fazer tudo o que tenho para fazer se tivesse tudo organizado. Não consigo! É estranho, sendo eu a maníaca da organização, que não me consiga organizar. Traço um plano com tudo o que tenho que fazer, com os prazos, tudo descrito com a maior precisão, mas quando chega a altura de concretizar o plano parece que não funciona e que fiz tudo mal para começar. Era tão bom se fosse possível parar o tempo por umas horas. Talvez fosse capaz de por o estudo em dia, os trabalhos em ordem... E se ainda tivesse tempo, dormir um bocado. 
2014 está a ser um ano muito bom, acho que nunca vivi tanto a minha vida, mas não me estou a conseguir organizar e não estou a cumprir com tudo o que queria. Sinto mesmo que ultimamente não faço nada que contribua para o meu presente ou que vá contribuir para o meu futuro, ainda que seja mentira, porque muito do que se tem passado vai com toda a certeza deixar uma marca muito profunda na minha pessoa.
Faz meses que tudo se resolvia com uma boa noite de sono. Agora não consigo dormir. 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

I'm back!

Caros leitores, se é que ainda restam alguns depois de tanto tempo que passei fora daqui, estou de volta! É verdade, não faleci nem nada disso. A falta de vontade para escrever está-me a atacar fortemente este ano. Lamento imenso ter estado sem dizer nada tanto tempo, vou tentar mudar isso. :)

Para não variar, não tem acontecido nada de especial por aqui. Passou tanto tempo desde que dei notícias, mas não se passou nada na minha vida. Lá me consegui safar e passar a todas as cadeiras do primeiro semestre e prometi a mim mesma que me ia esforçar mais para o segundo, mas ainda não fiz nada por isso. Sei que quando as férias da Páscoa chegarem ao fim e a última etapa deste ano começar não vou ter mãos a medir com tudo o que tenho para estudar/ler/fazer. Achava mesmo que ia recuperar as energias nas férias e que até ia conseguir adiantar trabalhos e tudo, nem sei onde é que tinha a cabeça quando pensei nisto. Só tive uma semana de férias e como é óbvio não deu para nada. Claro que dormi mais um bocadinho, mas ainda me parece que tenho quinhentas mil horas de sono em falta. Não falei com ninguém praticamente, nem sequer aproveitei para rever os velhos amigos. Não peguei nos trabalhos (fiz dois porque tinha de os entregar) Estou completamente lixada quando voltar às aulas. Sinto que não fiz nada nesta semana que passou. Aliás, sinto que não fiz nada nestes dois meses que estive off do blogue. É ridículo porque tive mais do que tempo para fazer tudo o que tinha para fazer, mas nunca consigo cumprir com o que deixo planeado. 

Nem acredito que o ano lectivo esteja quase a acabar. Como é que passei do que era há um ano atrás para isto que sou hoje? Abril de 2013. Estava provavelmente a dar em doida com a candidatura à faculdade, a sonhar ir para um sítio completamente diferente do que estou hoje e a pensar como seria estranho estar na faculdade. Sabem que mais? Eu tinha razão! É realmente muito estranho estar na faculdade, é mesmo. Nunca sonhei com nada disto, mas aqui estou eu. Abril de 2014. O primeiro ano de três está praticamente no fim, ainda que tenha mil coisas para conseguir até lá. Não percebo como cheguei até aqui e não sei se aguento perceber. Tenho 18 anos e sinto que estou velha. Será verdade? Se penso muito nisto a minha cabeça rebenta, por isso é melhor nem pensar e deixar estar. Já que não posso parar o tempo mais vale continuar a vivê-lo! 

Vou tentar escrever com mais frequência, prometo!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Da Rádio

A rádio está cada vez mais a fazer parte de um grande sonho meu que se vai construindo aos poucos. Por isso hoje decidi fazer as coisas de maneira diferente e trazer até aqui a minha opinião sobre a rádio, via auditiva. Pareceu-me a forma mais genuína de vos falar desta paixão crescente entre mim e a rádio!


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Os miúdos de hoje em dia

Antes que comecem a pensar "mas que direito tem ela de estar a falar disto? Até parece que é muito velha!", eu já tenho 18 anos, e segundo teste de idade mental, 27, por isso eu é que sei! 
Os miúdos de hoje em dia estão cada vez pior. Mais mal educados, respondões, asneirentos, nem sei... A verdade é que eu tenho a certeza que a minha geração nunca foi assim. Agora só sabem brincar aos gritos, mesmo estando agarrados aos jogos virtuais como os drogados às seringas. Não sei se a culpa é dos progenitores dos pequenos, do sistema de ensino ou da sociedade em geral. Parece que já não sabem ser gente e isto só pode significar que não os estão a ensinar a ser. Agora que os pais trabalham o dia inteiro fora de casa e já não deixam os miúdos na casa dos avós (compreenda-se isto, enfim) e parece que os atl já não estão na moda, os miúdos andam a vaguear por aí depois de saírem da escola e desenvolvem a sua miúdice. Ou então, ficam em casa sozinhos agarrados às suas drogas virtuais que não parecem contribuir para a melhoria da situação. Ainda no outro dia fui dar uma volta ao parque e deparei-me com um grupo de miúdos que deviam ter uns 7 ou 8 anos, se tanto. Ignorando o barulho horrível que decidiram começar a fazer, o palavreado que utilizavam para comunicar entre si era extremamente rico em palavrões. Em cada 5 palavras, 3 eram asneiras. E não, quando me refiro a asneiras não me estou a referir a palavras como "merda, essa já ninguém considera asneira. Quando digo "palavrões" estou a referir-me a palavras muito feias que no meu tempo valiam um estalo bem dado e um tempo de castigo indeterminado. Duvido sinceramente que ensinem vocabulário nas escolas, mas pronto, não quero insultar o ensino português (pelo menos hoje). E qual é a cena de andar à porrada? Juro que não percebo o fascínio, mas está bem. Conclusão disto tudo: não quero mesmo ter filhos! Para quê? Mesmo que os tenha e que os eduque em casa eles vão sempre sair para ir à escola e vão conviver com os pequenos monstrinhos dos amigos. Visto que não posso ter filhos para os manter fechados numa torre guardada por um dragão, não vale a pena tentar sequer. 

2014

Sei que demorei tempo a mais a regressar de 2013, mas juro que não consegui mais cedo. Tenho andado demasiado cansada, física e psicologicamente. Admito que não foi falta de tempo, foi mesmo falta de capacidade psicológica para transmitir qualquer coisa que fosse para palavras. Foi um início de ano como nunca tive. Claro que agora já passou e já ando melhor, mas depois de 4 exames e de ter chumbado em 2, só estava mesmo capaz era de dormir. Já fui fazer um dos recursos, dia 5 faço o próximo e posso finalmente dizer que estou de férias. Só espero mesmo conseguir passar, não queria nada deixar cadeiras logo no primeiro semestre (apesar de ter a perfeita noção de que é o cenário mais provável). Custa-me ver a quantidade de gente que anda a repetir cadeiras e só penso que não quero que isso me aconteça. É claro que também não quero acabar o curso em menos de nada, sei que se isso acontecer me vou arrepender por não ter aproveitado melhor estes anos da minha vida. Embora saiba que me vou arrepender se andar a repetir cadeiras eternamente. Toda gente me diz que é preciso chumbar na universidade, que é uma daquelas coisas que fazem parte da vida e que nos fazem crescer como pessoas. Outros dizem-me que se fosse hoje teriam demorado uns 8 anos a concluir o curso, porque foram anos fantásticos e que passaram demasiado rápido. Acho que isto é tudo verdade, mas a verdade é que chumbar custa. Chumbar, mesmo quando já se está à espera, é levar um estalo que a princípio pode não doer muito, mas ao longo do tempo deixa marca. Depois de chumbar a uma cadeira é normal pensar no que teria acontecido se tivesse estudado mais ou visto menos 3 ou 4 episódios daquela série maravilhosa. No meu ponto de vista esta marca que fica, apesar de má, pode trazer muitas coisas boas. É certamente uma maneira de crescer como pessoa.
Tudo isto para dizer que 2014 começou com uma fase nova: os meus primeiros exames na universidade. Toda gente fala muito na pressão que sentem com os exames e etc, mas não sei se senti isso, e provavelmente foi esse o meu problema. Talvez se não tivesse estado tão tranquila tivesse feito as coisas de maneira diferente e tivesse tido notas bens melhores. Admito que é um bocado triste ver toda gente a ter notas maravilhosas para o primeiro ano de faculdade e eu a ter notas que considero serem um bocado baixas. Ainda que me digam que não me estou a sair nada mal, estou a ter dificuldades em acreditar nisso. Acho que podia fazer muito melhor e vou tentar provar isso no segundo semestre e nos próximos anos. Enfim, um bocado de empenho e dedicação nunca fizeram mal a ninguém, pelo contrário. 2014 pode não estar a ser incrível, mas ainda faltam 11 meses para fazer deste ano um ano fantástico. 
Vamos lá! (que é como dizia a tmn depois de dizer até já e antes de ser meo)