terça-feira, 31 de dezembro de 2013

As voltas que a vida dá

A minha vida já deu tantas voltas que nem sei por onde começar a contar esta história. Podia começar com o dia do meu nascimento, mas não sei se deva recuar tanto. Talvez o dia em que entrei para a escola primária seja uma boa referência. No entanto, talvez devesse começar pelo período da minha vida em que mudei completamente. Por isso, vamos até 2010 e ao meu primeiro dia de secundário.
Estava nervosa, estupidamente nervosa aliás. Não conhecia ninguém porque tinha aterrado de para-quedas numa turma completamente nova e numa escola cheia de gente que nunca tinha visto. Felizmente as pessoas da minha nova turma mostraram-se simpáticas e com vontade de comunicar, porque eu nunca teria dado o primeiro passo para que isso fosse acontecer. O meu plano inicial era ir às aulas e tirar as melhores notas possíveis e continuar em contacto com os meus antigos amigos. Mas os 3 anos de secundário deram-me a volta e conseguiram fazer de mim uma pessoa nova.

Consegui, finalmente, deixar de lado o complexo que tinha comigo mesma e deixar de me importar com a opinião que os outros tinham de mim. Percebi que o que realmente importava era o que eu achava e isso fez-me crescer. Ganhei confiança em mim mesma e conseguia finalmente falar diante de uma plateia com 30 pessoas sem ficar nervosa ao ponto de me engasgar em cada palavra, e isto é uma coisa que eu suponho que vá ser bastante útil no futuro. Além disso o secundário ajudou-me desenvolver o meu lado sarcástico.
3 anos passados a batalhar, a tentar decidir o que é que queria ser quando fosse grande. Só no último ano é que consegui perceber que Ciências da Comunicação era o caminho a seguir. Então candidatei-me a cinco faculdades na esperança de entrar na primeira opção. Não aconteceu, entrei na segunda opção e fartei-me de chorar. Chorei em vão porque encontrei na minha segunda opção uma família e uma segunda casa. O primeiro semestre já se foi (se não contarmos com os exames em Janeiro) e que venha o segundo. Não me falta o trabalho e é uma canseira ir para Lisboa todos os dias, mas vale a pena. 
Esperemos que a vida universitária traga tantas ou mais coisas boas como trouxe o secundário. 

Resta-me desejar-vos tudo de bom para vocês e para os que mais amam. 
Beijos, abraços e um ótimo 2014. 

Feliz Ano Novo J

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Este Natal

Este Natal começou numa manhã fria. Não se ouviram sinos tocar e tão pouco andaram pela casa crianças aos saltos descalças ou em chinelas à procura de prendas. Já lá vai o tempo em que acordávamos super cedo e íamos a correr ver as prendas que nos tinham calhado no sapatinho.
Mais que em anos passados, a família Serra reuniu-se. A convite da minha tia avó, o almoço e o dia foram passados em família na casa dela. Nem sei como me aguentei sem chorar ao ver toda gente em redor da mesma mesa, a rir, a conversar... Sei que significou muito para a minha tia. Consegui ver a alegria nos olhos dela. A alegria de ter a casa cheia com os netos, os bisnetos e os sobrinhos netos. Eu sei porque para mim também significou muito muito. Posso não estar com eles todos os dias, mas são a minha família e eu gosto muito muito deles. Ficou a faltar a companhia dos meus avós. É provável que seja nesta altura de ano que sinto mais a falta deles. Foram dois lugares que ficaram por ocupar na mesa. As saudades continuam e vão sempre ser imensas. 
Este Natal veio com comidinha boa e prendinhas boas. Deu para passar um bom bocado e amealhar uns trocos que podem vir a dar jeito. Obrigada família pelo Natal maravilhoso!
Este Natal foi assim., mais coisa menos coisa. 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A explicação

Para não variar, a maneira que encontrei para melhor expressar as razões que me levaram a tomar a decisão que tomei foi recorrendo às palavras.

Queria mesmo ter-te dito isto tudo no momento em que li o pequeno papelinho com um significado gigante, mas achei que se fosse falar que ia desatar a chorar (mesmo assim quase desatei, fiquei muitíssimo comovida, o que acontece poucas vezes) e sou contra chorar em público. Enfim, ao menos consegui, com toda a minha falta de jeito para mostrar o que sinto, dar-te um abraço. Concordo com o facto de sermos pessoas diferentes e não me importo que seja assim. Não preciso de conviver somente com gente igual a mim, nem quero, nem gosto de grupos. Acho muito mais interessante conhecer outro tipo de pessoas. Vou ser sincera, escolhi-te porque me fazias lembrar um amigo meu. Depois arrependi-me porque eu devia era tentar esquecer esse amigo e não arranjar pessoas que me fizessem lembrar dele a cada instante. Acontece que percebi que não és nada como esse tal amigo e fiquei contente com isso. Admito que ainda te conheço pouco, o que me parece normal porque ainda passou pouco tempo, mas sei que vou adorar conhecer-te melhor. Acho mesmo que podemos ser bons amigos. As diferenças de personalidade não me preocupam. Fico feliz por ter tomado a decisão que tomei e se o tempo voltasse atrás fazia tudo igual. 

domingo, 8 de dezembro de 2013

Garantir Motivação

Numa segunda-feira passada, participei num workshop mesmo fixe que houve lá na faculdade. Tinha a ver com gestão de conflitos e motivação, e o último orador deu-nos uns conselhos fantásticos que decidi partilhar com vocês.

Para garantir motivação:

1. Fazer exercício físico / gastar energias
2. Ter uma vida fora do emprego
3. Fazer o que gostamos de fazer (e fazer disso um objetivo)
4. Mudar o que fazemos a cada 15 anos / fugir da rotina
5. Procurar um emprego na nossa área de interesse
6. Gostar do que fazemos
7. Terminar alguma coisa todos os dias (estabelecer metas alcançáveis)
8. Ser criativo (reinventar a rotina)
9. Parar de se comparar com os restantes colegas (a inveja é inimiga da motivação)
10. Parar de viver em função do salário
11. Pedir a opinião sobre o nosso trabalho aos colegas e aos superiores
12. "Aprender a contar até 100" (manter a calma)
13. Trabalhar num bom ambiente
14. Acabar o dia com a sensação de que demos o nosso melhor

E mais umas dicas para ter em conta em entrevistas de emprego:

1. Sermos nós próprios
2. Manter a calma / tentar não mostrar nervosismo
3. Responder sem receios 
4. Ser espontâneo
5. Falar apaixonadamente dos nosso interesses
6. Não colocar o dinheiro em primeiro lugar
7. Não exagerar no currículo
8. Não ocultar coisas ao entrevistador

Espero que estas dicas vos sejam úteis! :) 

Raios partam a rotina!

(lembram-se do texto que tinha perdido, pois bem, encontrei-o!)

Sim, estou revoltada! Revoltei-me com a rotina semanal da minha vida. Acordar as 6h, autocarro, metro, autocarro, faculdade, aulas, almoço, autocarro, metro, autocarro, casa, lanchar, estudar, jantar, dormir. Isto sempre assim até ser sexta-feira. -.- 
Só não me revolto mais porque estou a adorar o curso e as pessoas, mas já sabem que fazer sempre o mesmo dá-me cabo da cabeça. Juro que dou por mim na universidade e me apercebo que estive a dormir em pé durante todo o caminho. Já me estou a imaginar tipo zombie no metro. Zombie como toda gente no fundo, porque ninguém está capaz para nada às 7:30 da manhã.
Admito que já tinha dado em doida se ao fim do dia não viesse para casa. O meu lar doce lar e o meu quarto! O bem que sabe dormir na minha cama todos os dias. Não era a mesma pessoa se tivesse de viver numa casa alugada com mais não sei quantas pessoas que não conheço. 
Sendo assim, a rotina é uma merda, mas vale a pena o esforço! 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Desisto. Ponto final.

Havemos de ter sempre aquele momento em que percebemos que já não vale a pena continuar a lutar por casos perdidos. Lutar. Palavra interessante que significa tanta coisa. Talvez eu nem seja merecedora de a estar a escrever aqui, neste contexto. Não me parece que alguma vez tenha lutado por algo na vida, e dizer isto assim custa, mas é a verdade. Nunca tive de lutar por uma coisa que queria mesmo, porque acabava sempre por desistir ou porque me davam essa coisa mais tarde ou mais cedo. Menina mimada, já sei. Também nunca lutei por ninguém. Talvez o devesse ter feito, mas não sei como se faz, não sei como se luta por alguém. Provavelmente foi este o meu erro desde o princípio. Nunca lutei por ele e nem sei se consegui demonstrar o que sentia da melhor forma. Note-se que começo a tentar deixar de falar neste assunto utilizando o presente. Estes textos já deviam estar mortos e enterrados num buraco bem fundo longe daqui, mas parece que só agora percebo a verdadeira gravidade da situação, percebo onde isto chegou. Cerca de dois anos a dizer gostar de alguém que me ignora na maior parte dos dias, alguém que os meus amigos desprezam, alguém instável, alguém que se diz incapaz de voltar a gostar de outra pessoa. Parece-me estranho não ter desistido mais cedo, devo gostar de sofrer pelo que não vale a pena. Agora percebo que estes dois anos a gostar de alguém não valeram de nada na minha vida. A única coisa que me deram foi dor de cabeça e discussões a defender alguém que provavelmente na maior parte das vezes nem merecia. Não me arrependo das vezes que o ajudei e posso dizer que estive sempre consciente do que estava a fazer, mas chega. Claro que vou ser sempre uma fonte de ajuda se ele precisar de mim, o que duvido. Para o meu próprio bem, preciso de pôr um ponto final nesta história de uma vez por todas. Tenho de parar com isto e seguir em frente para assuntos muito mais relevantes. Tenho imensos objectivos preparados para serem cumpridos e estou aqui encalhada na mesma pedra há dois anos. Desisto hoje. Dizem que mais vale tarde do que nunca, assim espero. 

domingo, 17 de novembro de 2013

Ausente mas continuo aqui

Perdoem-me a minha ausência, mas entre ter tudo para fazer e não fazer nada, não tenho conseguido escrever coisas com qualidade. Admito que escrevi um texto magnifico no outro dia, mas foi numa folha de papel e perdi-a. Sim já sei, sou uma desgraça. Enfim...

Esta nova fase da minha vida está a correr lindamente. Chego a casa todos os dias completamente morta, mas nunca desanimo. Claro que nunca tenho vontade de me levantar da cama às 6h da manhã e claro que muitas vezes (muitas mesmo) fico incrivelmente aborrecida com as aulas. No entanto, há muito mais do que levantar cedo e aulas secantes. Tento ao máximo fixar-me nesse "muito mais" que existe ainda não sei bem onde. Ando estupidamente animada na maior parte dos dias, mas não sei porquê e não faço para estar. Nunca me calo, estou sempre sempre a falar e a contar como foi o meu dia e etc, como é óbvio depois só levo más respostas porque ninguém quer saber.

Não sei bem como estou em termos de conseguir manter as relações com os"velhos amigos". Tenho-me esforçado o que posso, mas algumas pessoas não se têm mostrado minimamente preocupadas ou interessadas no esforço que ando a fazer. Como seria de esperar todos estão super ocupados com as suas vidas e têm montes de coisas para fazer. Que eu saiba, isto nunca foi impedimento para as pessoas continuarem a falar umas com as outras. Por favor, existe a internet e os telefones. Estamos todos a distância de uma porcaria de uma mensagem ou de um telefonema, mas escolhem fingir que trabalham 24 horas por dia, 7 dias por semana. Esta é a verdade: fingem. Por muita coisa que alguém tenha para fazer, nunca ficam o tempo todo ocupados com isso. Custava muito enviar uma mensagem? Tanto quanto sei podia estar morta que só a minha família e mais 2 ou 3 pessoas é que davam por isso. Não, eu não estou a exagerar. Juro que tento falar, e tento marcar coisas com essas pessoas, mas estou sinceramente farta de ser ignorada e por isso deixei de tentar. Não quero saber. Tenho mais com que me entreter. Quando quiserem digam alguma coisa, mas não esperem mais convites da minha parte.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Causa perdida

Expliquem-me porque é que uma pessoa simplesmente não consegue esquecer outra que já não devia importar, mas importa, muito. Fez sentido? Que merda -.- tinha mesmo de gostar de ti incondicionalmente não era? Eu achava que isto ia passar porque íamos estar afastados, mas não. Penso em ti todos os dias e custa-me não estar contigo e não falar contigo. A culpa é minha, nunca sei o que dizer. O pior é quando dás a entender que não queres falar comigo. Simplesmente não queres saber e não te importas. Nunca foi segredo: eu sempre gostei mais de ti do que tu de mim. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Das festas

Toda gente sabe que existe aquela parte de andar na universidade que são as festas! É verdade. As festas ocupam uma parte da vida dos estudantes académicos e arrisco-me a dizer que são tanto a sua salvação como a sua desgraça. Passo a explicar. Pelo que sei, e que mais logo vou ter a oportunidade de confirmar, as festas na universidade são uma loucura. Isto seria de esperar porque as festas têm uma formula que só pode tornar as coisas estupidamente loucas. Tentem lá misturar jovem adultos, álcool, música, mais álcool e um espírito louco para festas e vejam no que dá. Está claro que estamos na presença da formula para a completa desgraça! 
Existe, no entanto, uma outra forma de ver as coisas. Ninguém é obrigado a formar parte da desgraça. É perfeitamente possível ir a uma festa sem ter de ficar violentamente alcoolizado, chegando até ao ponto de se esquecer do que aconteceu. A minha opinião quanto a isto foi sempre a mesma: para nos divertirmos não precisamos de beber. Óbvio que não temos de passar cede. Beber uns copos não faz mal a ninguém, o exagero é que faz. O problema dos ditos "jovens" de quem os mais velhos tanto adoram dizer mal é que não se sabem controlar e muitos acham que têm de passar certos "testes" para serem aceites em determinado grupo de pessoas ditas "fixes". Eu acho que ficar perdidamente bêbado é tudo menos fixe.  Não percebo o objectivo sequer. E tenho de dizer que acho realmente triste as pessoas que têm de o fazer para passarem um bom bocado. 
É preciso ter um bocadinho de cabeça e perceber o queremos para a nossa vida. Só depende de nós próprios, acreditem. Por isso hoje na festa, se me vierem dizer que sou uma criancinha porque bebi pouco ou que cheiro a leitinho ou que não sou fixe o suficiente por não estar a emborcar copos a torto e a direito, eu não vou querer saber! Sei muito bem quem sou e não sou nenhuma embalagem para me andarem a meter rótulos e etiquetas com o preço. Portanto, vou a festa, vou-me divertir e não vou precisar de álcool para que isso aconteça. 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Vida Académica

Já começava aqui a fazer falta um breve relato de como está a ser esta nova fase da minha vida. É verdade, agora sou uma estudante universitária e a minha vida está diferente mesmo que não pareça. Até começava aqui a falar de como tenho mais responsabilidades e é preciso mais esforço e isso tudo, mas não creio que seja isso que está em causa neste momento. As responsabilidades sempre existiram e o esforço sempre teve ser feito, em tudo, portanto não vejo como isso possa ser uma novidade. No entanto, existem outras coisas. Noto que o nível de preguiça possa ter tendência para aumentar, porque a exigência é maior, mas cada um opta por o que quer e andamos todos a fazer as coisas conforme nos parece melhor. Isto pode despertar a preguiça que vive em mim, mas vou tentar não ser extremamente atacada. A cidade é outra, a escola é outra, as pessoas são outras, o ensino é outro… Nada está igual, mas ainda não consigo ser capaz de definir lá muito bem o que é realmente diferente. Sei que sou uma estudante universitária que acorda cedo, anda nos transportes a horas de ponta e que vai às aulas e adormece em algumas. Mas continuo a mesma Madalena só que mais crescida, talvez. Claro que tive de alterar um bocado o meu comportamento, afinal de contas estamos a falar de andar na universidade e de estar a dar pequenos passos para me tornar adulta (ai que medo desta palavra!). Tive de aprender a conter o meu comportamento algo infantil e entusiasta, pelo menos até conhecer melhor as pessoas, não lhes quero provocar um choque que os deixe incapazes de falar comigo. Tento agir normalmente como se a minha vida toda tivesse sido assim, mas na maior parte das vezes estou aterrorizada e desejo ter um sítio para me esconder. Vocês todos sabem as dificuldades que eu tenho em socializar e sabem que consigo ser bastante arrogante mesmo sem querer. As respostas curtas e frias são possivelmente um dos piores hábitos que tenho, e por mais que queira responder como um ser humano normal da minha idade faria, digo apenas o necessário e indispensável. Devem todos achar que sou um bicho do mato que não se dá com ninguém e que é incapaz de socializar. Em relação às aulas, existem umas pior que outras, como em tudo na vida. Confesso que ainda não me consegui organizar a 100% e que ainda ando apenas com um caderno todo rabiscado com apontamentos de todas as disciplinas. Acho que o maior desafio vai ser mesmo ter de trabalhar muito com documentos e livros fotocopiados. Nunca gostei muito de fotocópias, o livro original é tão melhor, mas como é de prever, não vou ter possibilidade de comprar todos os livros. Está a ser uma aventura interessante entrar novamente no “mundo da matemática” visto que não tinha contacto com este desde o 9º ano e agora estou de novo a ser posta a prova com problemas a precisar de soluções. No geral está a ser bom. Estou uma verdadeira pró e já me oriento muitíssimo bem nos transportes. As pessoas são fantásticas e não se parecem importar muito com a minha falta de jeito para socializar. Está a ser uma aventura enriquecedora! O pior vai ser quando começarem as festas e começar a ter de estudar a sério. Não contem à minha mãe, mas estou com medo de perder o fio à meada! 

1001 Desculpas

Estaria a mentir se vos dissesse que não me obriguei a escrever este texto. Chega de estar feita parva a andar de um lado para o outro apenas a fazer o que parece ser estritamente necessário para a minha sobrevivência. Passei as últimas duas/três semanas a ir às aulas e a dormir, mas chega. Sim a minha vida deu uma volta enorme, mas isso não justifica o meu comportamento nos últimos tempos. Reconheço que tenho andado distante e parece que não consigo fazer nada para evitar isso. Admito que estou a deixar o blogue morrer, mesmo que não seja essa a minha intenção. Não tenho desculpa, nenhuma mesmo. Tenho tanto para contar e tão pouca vontade de o fazer. Começo a achar que a minha vida agora se vai tornar naquela vida monótona de “gente crescida” e não quero. A monotonia dos transportes públicos, das idas às aulas, até mesmo das conversas nos intervalos. É claro que percebo a origem das conversas. Todas partem do mesmo porque não nos conhecemos bem e não temos confiança uns com os outros. Até mesmo esta desculpa está a começar a falhar. Não posso continuar a acreditar nisto por muito mais tempo, eventualmente vamos conhecer-nos melhor e não posso continuar a dizer que conversamos pouco uns com os outros porque não sabemos nada uns dos outros. Enfim, o pior tem sido andar off com o resto do mundo, com os meus amigos. Tenho realmente muito medo de me estar a tornar numa pessoa solitária que não precisa da companhia dos outros para viver. E isto é mentira, eu preciso da companhia dos outros. Adoro estar sozinha é claro, mas preciso dos meus amigos mais do que tudo e acho que ultimamente isso me anda a passar ao lado. Quase não vejo ninguém agora que a minha rotina semanal começa às 6h da manhã, mas isso não é desculpa para não telefonar, mandar mensagens ou emails e continuar a manter o contacto com as pessoas que me são tão queridas. Sim, eu ando a ser desleixada com os meus amigos. Não telefono, não mando mensagens, nada de nada. Juro que não estou a fazer isto de propósito, longe de mim tentar afastá-los, mas acho que é o que estou a fazer. Continuo a inventar desculpas a dizer que agora ando ocupada ou que estou cansada ou que tenho de fazer isto e aquilo. A verdade é que eles também estão cansados e ocupados! Vistas bem as coisas, eu não fui a única a ir para a universidade. Não estou a ser a única a ter de se adaptar a uma vida nova e diferente de tudo o que já tinha vivido. Custa, eu sei que sim. No entanto, continuo a esquecer-me deles constantemente. Não posso continuar a inventar todo o tipo de desculpas que me fazem pensar que não faz mal não falar com eles. Eles não vão ficar sentados à espera que eu me decida e volte ao normal. Eventualmente cada um vai seguir com a sua vida e eu vou ficar para trás porque fui parva e estava a atirar areia para os meus próprios olhos. Eu preciso de me manter em contacto com eles. Tenho de me manter em contacto com eles. Existe um grupo de pessoas que eu não quero perder, porque cada uma dessas pessoas conseguiu criar uma parte do que sou hoje. Não me posso desleixar. Mesmo que ao final de um dia esteja cansada e que só consiga imaginar como seria bom deitar-me na minha caminha, não posso deixar de lhes mandar um “olá, como estás?” porque são estas pequenas coisas que não deixam uma amizade morrer. Não posso esperar que sejam eles a vir ter comigo porque uma amizade exige esforço e dedicação. Tenho seriamente de me pôr ao caminho porque a viagem começou sem mim. Portanto, chega de desculpas! 

domingo, 22 de setembro de 2013

A melhor semana da minha vida

Desculpem não ter dado notícias mais cedo, mas estive meio que falecida durante toda a semana. Faz amanhã uma semana que comecei a minha vida como estudante universitária (se bem que ainda não vi provas da palavra "estudante"). Escusado será dizer que tenho andado a falecer com a praxe! Dizem que em Lisboa a praxe nunca é nada de especial, mas na minha faculdade a praxe é levada a sério e eu estou morta porque passei a semana a levar com água, a fazer flexões, a gritar e a cantar, a correr de um lado para o outro e a servir os doutores e os mestres com grande devoção e amor ao curso. E não vamos esquecer o banho que levei na segunda-feira, sem água e com muita farinha, tinta em pó e uma bela mistela que aparentava um tom castanho e devia ter óleo e vinagre lá pelo meio. Foi muito engraçado vir para casa nos transportes nesse lindo estado (sim, façam o favor de imaginar como fiquei porque nem me dei ao trabalho de fotografar). Mas como não há nada que um bom banho não seja capaz de resolver, no dia seguinte estava pronta para outra igual, que felizmente não aconteceu! 
Ando a tentar socializar o melhor que posso sem tentar parecer esquisita. Admito que não meto conversa com as pessoas, mas tento participar nas conversas quando estas já estão a decorrer. Estou a ter sérias dificuldades em decorar o nome de toda gente e chego a estar a falar com alguém durante todo o dia quando me apercebo que não faço ideia de como essa pessoa se chama. Fui os dias todos, menos na quinta, estava seriamente a precisar de descansar. Ainda que tenha vindo cedo para casa na maioria das vezes, diverti-me! As pessoas parecem ser todas muito simpáticas, o que me assusta, visto que estou sempre à espera que seja tudo uma farsa e que sejam todos na verdade uns interesseiros que estão só a tentar "fazer amigos" para sobreviver aos próximos 3 anos. Decidi que não me vou preocupar com isso agora e que vou continuar com as expectativas baixas em relação a este assunto de forma a que os danos não me atinjam.
Outra coisa é o facto de eu estar uma pró a andar nos transportes públicos. Vejam bem que até já ganhei aquela magnifica capacidade de entrar no autocarro e adormecer logo. Sempre são mais 80 minutos de sono que tenho por dia (40 para cada lado). Custa-me ter de acordar às 6 da manhã e chegar a Lisboa ainda de noite, mas isso vai alterar-se em breve. Primeiro porque a hora vai mudar e segundo porque não vou ter de continuar a chegar à escola às 8 como nesta passada semana. Está claro que vou ter de me continuar a levantar cedo, mas com o hábito vai passar a custar menos. O pior de tudo é a minha má disposição matinal que me impede de comer um pequeno almoço decente ou que me impede de comer sequer. Juro que nunca vi caso de gente que ficasse tão mal como eu fico de manhã, é que até o raio da pasta de dentes me enjoa. Ando a tentar contrariar isto, mas não está fácil.
Acho que morri socialmente (a nível de redes sociais) esta semana. Foi-me quase impossível vir ao computador. A única coisa que me apetecia fazer era dormir e dormir e dormir... O pouco tempo que vim ao computador não consegui estar por aqui mais de 1h. Tive pena porque o computador tem sido um bom amigo e tem-me permitido manter o contacto com algumas pessoas de quem infelizmente não soube nada durante a semana que passou. 
Estou a habituar-me a esta nova fase da minha vida e estou confiante de que tudo vai correr bem! Vou ter saudades da praxe quando acabar, mas estou desejosa de poder vestir o traje e de ser a minha vez de fazer os caloiros sofrer, faz parte! Mas não digam a ninguém que eu disse isto, é que na sexta estava uma senhora bastante revoltada com este assunto no autocarro: "Gente tão evoluída com comportamentos da idade da pedra! Parece mentira". São estas coisas que nunca me deixam esquecer o quanto eu adoro andar de transportes públicos, porque há sempre alguém que é do contra e que está sempre revoltado. 

domingo, 8 de setembro de 2013

Da Universidade

Ontem foi, sem margem para dúvidas, uma noite de emoções. 

O dia passou da forma mais tranquila possível e quando alguém me perguntava se estava nervosa com a saída dos resultados, respondia simplesmente que não, e era verdade. No entanto, a aproximação da hora mais esperada do dia, começava a causar um certo formigueiro no estômago. A hora chegou e quando vi a folha dos resultados fiquei paralisada. "Colocada na 2ª opção" A minha reacção foi deixar de respirar e demorar uns 10 minutos a dizer alguma coisa a alguém. Finalmente consegui falar e contei ao meu irmão e à minha mãe, que se veio sentar ao pé de mim e enrosquei-me na cama a chorar. 


Não foi um chorar compulsivo nem nada disso, mas as lágrimas corriam pela minha face e estavam carregadas de medo. Sim, porque acho que mais do que triste, fiquei com medo. Medo porque achava que era demasiado longe, que ia ter de me levantar muitíssimo cedo e tantas outras coisas. Eventualmente percebi que nada daquilo valia a pena. Afinal de conta é uma boa universidade na mesma. E o curso é o mesmo, o que eu anseio por ir estudar: Ciências da Comunicação. Por isso estou bem! Percebi que não vale a pena lamentar-me por não ter conseguido o que desejava, mas isto é bom na mesma, melhor até. Pensei em candidatar-me à segunda fase, mas não sei se deva. As coisas estão bem assim e vou optar por este caminho. Sendo assim, aqui vou eu para o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Gostar de alguém

Gostar de alguém é:

um desafio
uma aventura
um exercício de paciência
sofrer
chorar de alegria
conversar durante horas
ter discussões parvas
nunca ficar irreversivelmente chateado
abdicar de algumas das nossas manias
falar abertamente
ser um bom ouvinte
saber aconselhar
fazer um esforço
dar o braço a torcer
pôr o egoísmo de parte
saber que não estás sozinho
rir até te doer a barriga
fantástico!

Gostar verdadeiramente de alguém é tudo isto e muito mais.
É uma viagem incrível e temos de dar provas em como somos merecedores do bilhete que nos foi dado!




domingo, 1 de setembro de 2013

Guerra antiga

Tenho andado a ler "Anjos e Demónios" do Dan Brown e ontem deparei-me com isto:

"Deus tornou-se obsoleto. A ciência venceu a batalha. (...) Mas a vitória da ciência (...) custou-nos a todos. E custou-nos caro. (...) A ciência pode ter aliviado as misérias da doença e do trabalho penoso e criado uma panóplia de artefactos para nosso entretenimento e conveniência, mas deixou-nos num mundo sem encanto. O pôr do Sol foi reduzido a comprimentos de onde e frequências. As complexidades do Universo foram dissecadas em equações matemáticas. Até o nosso valor como seres humanos foi destruído. A ciência proclama que o planeta Terra e os seus habitantes são apenas um ponto insignificante num grandioso esquema. Um acidente cósmico. (...) Até a tecnologia que promete unir-nos nos divide. Cada um de nós está agora electronicamente ligado ao mundo inteiro, e, no entanto, sentimo-nos irremediavelmente sozinhos. Somos bombardeados com violência, divisão, fractura e traição. O cepticismo tornou-se uma virtude. O cinismo e a exigência de prova tornaram-se pensamento esclarecido. Será de espantar que os seres humanos se sintam hoje mais deprimidos e derrotados do que em qualquer outro momento da sua história? Haverá algo, seja o que for, que a ciência considere sagrado? A ciência procura respostas investigando os nossos fetos ainda não nascidos. A ciência presume, até, rearranjar o nosso próprio ADN. Retalha o mundo de Deus em peças cada vez mais pequenas em busca de significados... e tudo o que encontra é mais perguntas. (...) A guerra antiga entre ciência e religião terminou."

Isto deixou-me a pensar nas consequências da evolução que a ciência atravessa a cada dia. A fé está a ser destruída porque as pessoas se sentem confusas e cada parte delas se sente como se estivesse a ser puxada para dois lados distintos que há muito que deviam ter sido capazes de coexistir. A evolução é necessária, claro, mas a que preço? 

domingo, 25 de agosto de 2013

Sair à noite

Adoro sair à noite! Não costumo sair muito, mas com a companhia certa é sempre agradável e acabo por me divertir bastante. Gosto de estar a conviver com as pessoas, a dançar, a cantar, a ouvir a música. Gosto de ir a discotecas, no entanto, por vezes é um bocado desconfortável. É desconfortável porque queremos estar com os amigos a conversar e precisamos de estar aos gritos e também por causa do tabaco. Por muito horrível que seja o cheiro do tabaco, após algumas horas, acabamos por nos habituar, mas o fumo dá cabo de mim. Eu com todos os meus problemas respiratórios fico mesmo mal. O raio do fumo entope tudo o que é via respiratória e o efeito só passa no dia seguinte. É isto e a garganta inflamada e as dores terríveis nos olhos (ontem dei por mim a falecer de tanto que me ardiam os olhos). Mas vá, continuando. Em relação a ter de conversar em altos berros, é outro aspecto em que uma pessoa cria habituação. Além disso, começo a desenvolver toda uma capacidade de falar por gestos, que admito que podem ser difíceis de entender para pessoas alheias ao grupo. Não me importo com as bebedeiras dos outros desde que não me aborreçam. E sem dúvida que não compreendo as pessoas que para se divertirem têm de beber quinhentos copos de cinquenta bebidas diferentes. É claro que é agradável saborear uma bebida no meio daquele ambiente todo, mas não exageremos ao ponto de não sermos capazes de recordar o que se passou no dia anterior. Outra coisa boa de sair à noite é encontrar pessoas que não víamos há muito tempo. É sempre engraçado saber como está essa pessoa agora e é uma boa maneira de pôr a conversa em dia, ainda que seja em altos berros. O convívio é de longe a melhor coisa. Sair com um grupo de gente simpática e que está sempre pronta para a festa é extraordinário. A companhia certa transforma uma noite de merda na melhor noite das nossas vidas. Existe ainda aquele cansaço que se começa a ter a meio da noite, mas que entretanto se vai embora porque estamos tão concentrados na música e nas bebidas e nas pessoas que nem nos lembramos da dor de costas ou da dor nos pés. O pior do cansaço é quando se fica parado durante muito tempo. Quando a noite começa a chegar ao fim, a nossa bateria começa a descarregar e só umas horas de sono é que voltam a pôr tudo no sítio. Ou então, ir comer qualquer coisa. As mini-refeições que se comem de madrugada são as melhores e ajudam a reparar qualquer bateria. Com tudo isto as horas passam a correr e a noite vai-se embora e quando metemos a chave na porta já é de dia e nem demos por isso. 


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Passeio de fim de semana

Aproveitando o feriado de dia 15 decidimos ir passear. 
Fui com os meus pais até ao norte do país, passamos por várias terras com nomes mesmo característicos do interior do país e algumas com nomes que tenho a certeza que foram copiados das terrinhas aqui perto de onde vivo. Estive mais tempo por Seia e por Viseu, onde aproveitamos para ver um pouco da última etapa da Volta a Portugal em Bicicleta. 
Deixo-vos com algumas das fotos desse fim de semana diferente :)





Maravilhosas piscinas fluviais em Isna, Castelo Branco. 









Cabeço da Velha em Seia, Serra da Estrela, Guarda.



 Feira de São Mateus em Viseu. 

 Ficamos uma noite em S. Pedro do Sul perto de Viseu! Muito sossego e muita tranquilidade!







Ricardo Araújo Pereira, eu passei por Travanca. 











Desculpem isto estar tudo ao monte, mas pronto!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Factos sobre mim

Como é sempre bom reflectir um bocadinho sobre quem somos e sobre o que gostamos, fica aqui uma lista (que ainda não sei se vai ser grande ou pequena) com uns quantos factos sobre mim!

Sou estupidamente envergonhada quando conheço gente nova.
Adoro rasgar papel.
Ler é bem capaz de ser o meu maior passatempo.
Estudar arte vai ser sempre um grande sonho.
Cresci com os ensinamentos dos filmes de animação da Disney.
Amo a saga de livros e filmes do Harry Potter.
Sir Arthur Conan Doyle é um génio que criou um génio: Sherlock Holmes.
O mundo sobrenatural intriga-me.
Comecei a roer as unhas assim que me nasceram os dentes.
Tenho uma cicatriz no braço esquerdo que parece o Japão e que fiz quando era pequena num acidente com água a ferver.
Todos os anos existem pessoas que me perguntam a história da minha cicatriz.
Sou teimosa e egoísta, mas isso vocês já sabiam.
Jogo Sims desde o primeiro de todos e adoro.
O cinema é uma grande paixão.
O corneto de morango é um dos meus gelados favoritos.
Sonho aprender a tocar piano.
A música é uma grande paixão.
Odeio seguir modas, mas admito que às vezes as sigo.
Implico com os adultos que têm uma página no facebook.
Tenho uma pontinha de inveja das pessoas da minha idade que têm blogs com sucesso.
Os meus amigos dizem que canto bem.
Sonho conhecer o Ricardo Araújo Pereira e o Rui Unas (entre muitos outros humoristas brilhantes).
Quero muito um dia chegar a trabalhar numa estação de rádio.
Acordo todos os dias de mau humor.
Fico enjoada com a pasta de dentes -.-
Estou constantemente a mudar a disposição dos móveis do quarto.
Gosto de cozinhar e estou a tentar aprender mais e melhor.
A escrita é uma grande paixão.

Por agora ficamos por aqui porque também não vos quero dizer tudo!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Os filmes são uma mentira

Não se deixem enganar, porque o cinema é muito traiçoeiro e tem a mania de nos enganar. Mesmo sendo uma das minhas grandes paixões, o cinema tem o hábito de mentir às pessoas. Sim, eu já sei que os filmes são para ser interpretados como uma realidade alternativa à nossa em que tudo é mais belo e em que existem finais felizes e assim. Acontece que isso tudo é uma grande mentira. Vejam lá bem, uma pessoa anda a vida inteira a ser enganada a ver filmes espectaculares sobre como o secundário é a coisa mais incrível que nos pode acontecer na vida e depois afinal não é nada disso. Não me interpretem mal. Estes 3 anos foram muito agradáveis de ser vividos e conheci muita gente e aprendi muita coisa. No entanto, não foram nada como os filmes me tinham dito que ia ser. Comparando as expectativas com a realidade, fiquei a perder, e muito! Outra coisa em que os filmes nos estão constantemente a enganar é à cerca do verão. O mundo do cinema faz o verão parecer a altura mais fabulosa do ano, como se fosse a última oportunidade de alguém ser realmente feliz. Os actores todos contentes na praia, na piscina, com os seus amores de verão (outra mentira reles) e a viver o melhor verão de sempre que nunca vão esquecer. MENTIRA! Já há 17 anos que vivo o verão e não é nada assim. E isto não se passa só comigo, podem ir perguntar a muito boa gente que lhes vão dizer o que eu disse. O meu verão, na melhor das hipóteses, é ir passar uma semana ao Algarve e ir à praia ou à piscina duas ou três vezes com o meu grupinho de amigos. Não há amores de verão nem festas fantásticas nem noites maravilhosas. Portanto filmes, parem lá com isso de mentir às pessoas! 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Do exercício e das dietas

O verão é aquela altura do ano em que as pessoas magras metem na cabeça que são gordas e em que as pessoas gordas se voltam a lembrar de que são gordas (não que se esqueçam durante o resto do ano). Quem me conhece sabe que eu sempre fui assim um bocado para o mais pesada do que o que era suposto ser, mas vá, aprendi a viver com isso e deixei de me importar com o que raio os outros pensam e comecei a preocupar-me mais com o que eu penso. Odeio dietas, odeio-as! Para mim não fazem sentido, uma vez que nunca são definitivas porque uma pessoa não consegue continuar uma dieta para sempre. Não me venham com coisas a dizer que existem nutricionistas que ajudam as pessoas e tal que isso é tudo muito relativo. Claro que não nego já ter tentado umas quantas dietas. Acontece que a minha paciência é demasiado escassa e nunca levo nenhuma assim muito a sério, tanto que optei por uma coisa mais ao meu estilo: comer de tudo, mas não dar numa de enfardadeira. E não é que até resulta assim mais ou menos? Pois é, parece que se não andarmos para aí a comer tudo o que temos em casa e formos fazendo uma alimentação mais ou menos as coisas ficam controladas. Depois temos a outra parte de ser uma pessoa saudável e assim: o exercício. Já falei sobre isto. Já confessei que odiava, mas que no 10º ano o meu prof de educação física me fez mudar de ideias e que agora até simpatizo com o exercício físico. Ando numa de me dedicar a isso, é uma boa ocupação e sabe bem, menos aquelas horríveis dores musculares! Pronto, não garanto que vá ficar a gaja mais boa do universo, mas também não estou a tentar. Tudo o que vier de bom será bem vindo. 

sábado, 27 de julho de 2013

Ir dormir

Quando me perguntam "Vais para a cama a que horas?" eu fico sempre na dúvida. É que isto da hora de ir dormir é bastante relativo. Vejamos. Eu antes dividia sempre este assunto em: ir dormir em tempo de escola e ir dormir em tempo de férias. No entanto, nos últimos três anos as horas começaram a tornar-se próximas e passei a responder sempre entre às 23h e as 00h, o que nem sempre reflecte a realidade. Existem sempre muitas coisas que fazem desregular isto tudo, trabalhos por acabar, reality shows na tv, coisas giras na internet... Entretanto, chegam sempre as férias do verão. As abençoadas férias do verão, que seriam as minhas favoritas se não fosse pelas elevadas temperaturas. Será escusado dizer que as férias do verão fazem os horários de ir dormir variar entre as 00h e 04h. E o problema é que depois é muito complicado voltar a conseguir regular o horário normal. Por exemplo como hoje. Tenho compromissos marcados para este sábado bem cedo e ainda aqui estou em vez de ir dormir. Porquê? Porque demasiados dias sem nada para fazer dá nisto e porque quem dorme das 04h às 12:30 todos os dias durante semanas se esquece de viver. Acho que dormi mais na última semana do que em toda a minha vida e é por isso que agora não consigo ir dormir! João Pestana anda cá que preciso de dormir hoje porque amanhã tenho coisas para fazer e se puderes traz o Vitinho contigo que ele também é sabedor desta arte de fazer as pessoas adormecer. 

domingo, 14 de julho de 2013

Trabalhos Manuais #15 - Flores de cartão

Graças a um site magnífico que me enche a alma com as coisas lindas que lá tem, surgiu-me a ideia de fazer uma pequena actividade de artes manuais: flores de cartão.
Muito simples, fácil e barato. É uma maneira gira de decorar uma parede e sempre dá para reciclar.
Os materiais são: rolos de papel higiénico, tesoura, cola ou agrafos (eu optei pelos agrafos, acho que dura mais tempo) e tinta com os respectivos pincéis.



Podem ver AQUI! o site que me forneceu a ideia.

As minhas ficaram assim:





Peço desculpa se as fotos não ficaram espectaculares, mas não sou lá grande fotografa (juro que tentei). Claro que ao vivo é sempre melhor. 


Dos resultados

Não foram lá grandes os resultados dos exames.
Português foi o melhor e ainda bem porque é o que mais me interessa.
As notas e as médias estão um bocadinho à conta. Logo se vê como correm as coisas.
Vai correr tudo bem "se Deus quiser"! Sim, vou mesmo é ficar à espera que Deus decida intervir e pôr a minha candidatura à frente de todas as outras.
Vá, eu entro. Nem que seja eu a preencher a última vaga.
*fingers crossed*

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Da onda de calor e das alergias

Vou ter admitir que quando ouvi dizer que este seria "o verão mais frio dos últimos anos" até que fiquei feliz. Nunca gostei muito do calor e como tenho vindo a dizer sou uma amante do frio e da chuva, mas compreendo a frustração do resto das pessoas que gostam de ir para a praia e etc. Acontece que o calor anda por aí, em força! Certamente que anda tudo radiante, no entanto, eu não estou assim tão contente. Vejamos, eu tenho alergia ao calor e ao sol e isso tudo. Aliás, eu tenho alergias a quase tudo e o calor desperta essas alergias todas (até acho que apanhei uma constipação mesmo jeitosa). Por isso percebem porque é que eu não gosto do calor e prefiro o frio. Está claro que gosto da praia, mas com temperaturas aceitáveis que não me façam derreter.


O calor dos últimos dias não me deixa sair de casa, faz-me espirrar 500 vezes por dia, obriga-me a tomar banho de 5 em 5 minutos e nem sou capaz de dormir. Por isso, lamento imenso mas gostaria que as temperaturas fossem quentinhas mas que me deixassem respirar. Queria mesmo ultrapassar este verão sem derreter, mesmo mesmo. 

terça-feira, 9 de julho de 2013

Peça em falta

Olá. Estás aí? Hum, bem me queria parecer que não. Não sei nada de ti faz tempo, não muito tempo, mas por aqui os dias passam tão lentamente que já nem sei ao certo em que dia estou. Sei quando é segunda e sexta, o fim de semana ajuda a controlar esse aspecto, mas se por acaso sei o dia é porque alguém faz anos e o telemóvel fez questão de me lembrar. As horas? Isso esquece. Deitei as horas no contentor do lixo que está do outro lado da rua e se por acaso me mantenho atenta ao relógio é apenas para controlar as horas a que as séries passam na TV. Sim, já sei, ninguém vê TV nos dias de hoje, mas se começo a ler e me agarro a um livro (ou a vários) dizes que não se pode ter uma conversa razoável com quem respira livros. Discordo, e tu sabes que discordo. Essa é capaz de ser uma das coisas que mais gosto nas nossas conversas, nem sempre estarmos de acordo. É verdade! E tenho uma explicação, é que assim quando estamos de acordo, é muito melhor. Espero que consigas pôr as tuas ideias em ordem e encontrar a calma que sei que precisas. Continuo aqui, à espera de algo, um milagre talvez, mas não sei se ainda existem ou se já esgotaram. Volta. Não quero que te apresses, leva o tempo que precisares, mas certifica-te que voltas. Resolve as tuas ideias. Eu sei que preciso de resolver as minhas, já falta tão pouco tempo e ainda não sei bem o que fazer. Cá me arranjo. Beijo. 

sábado, 22 de junho de 2013

Sem os livros

Tenho saudades de ficar uma noite inteira a ler. Devorar um novo livro todas as noites, ou o mesmo, se for caso para tal. Folhear alegremente as páginas enquanto os olhos viajam freneticamente pelas linhas engolindo palavras, vírgulas e pontos. Sem os meus livros é o meu fim! E tudo isto para dizer que não tenho tempo e que assim que chego à cama adormeço profundamente, causas do cansaço derivado de intermináveis tarefas ao longo do dia (ou de uma só, estudar). Nunca mais começam as férias a sério. Em relação a isto, a minha progenitora afirma com toda a certeza: "hão-de ser ainda fins de julho e já não te aguentas sem nada para fazer". Lamento, mas este verão (fraquinho segundo dizem) não me vou fartar de não fazer nada. Assim espero.

sábado, 8 de junho de 2013

Fim de aulas

As minhas aulas acabaram ontem! Ainda não percebi se estou muito feliz ou muito triste, porque vistas bem as coisas, o secundário já se foi e muita gente que conheci nunca mais vou ver na vida. Fora isso, tudo bom. A semana passou relativamente rápido, até porque só tinha aulas de manhã (estágio para os exames, coisas lindas que a escola decidiu implementar este ano). Agora vou ter de estudar muito seriamente para os exames a ver se tenho uma nota relativamente boa. Estou a depender disso neste momento.

A noite de ontem também foi boa. Bastante boa aliás. Fui ao Baile de Gala aqui da cidade. Gostei imenso. Tirando o tabaco, ainda que não seja permitido fumar dentro do espaço, todos fumam. Já se sabe que o ser português adora não cumprir as regras. -.-
O ambiente estava agradável e a música muito boa. Foi bom e serviu para me mentalizar que a escola acabou mesmo e que para o ano se tudo correr bem estou na universidade. 

Agora restam-me 3 exames (História, Português e Inglês, este último por mera opção) e um verão cheio de frio, segundo dizem por aí.

Beijinhos aos finalistas e aos que não são finalistas também :) 

domingo, 2 de junho de 2013

Bolo de Coca-Cola

Sim, isto não é uma loucura, e se o é, é somente por o bolo ser tão bom que podia bem representar pedacinhos do Paraíso!

Aprendi aqui:



Aconselho sinceramente a fazerem isto em casa!
É mesmo bom!

O cá de casa ficou assim:


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Na hora das despedidas

Não sei se alguma vez vos disse, mas não gosto mesmo nada de despedidas! Ok, talvez com a excepção de quando me estou a despedir de alguém de quem não gosto, nesse momento, adoro despedidas. 
Voltando ao tema, o que interessa aqui é que eu não gosto de despedidas e agora estou a passar aquela fase das despedidas lá na escola.
Acontece que estou no 12º ano e que estamos no final do ano, portanto, os professores estão numa de fazer mini-discursos sobre como nós alunos somos maravilhosos e como nos desejam tudo de bom e as maiores felicidades. Uma lamechice pegada está-se mesmo a ver! Isto seria de facto tudo muito lindo se eu conseguisse ficar indiferente, mas não sou capaz. É difícil dizer adeus às pessoas com quem estivemos 3 anos das nossas vidas e com quem aprendemos muito. Fico triste, não podia deixar de ficar, ainda que o adeus não seja permanente, afinal de contas devo rever as pessoas de vez em quando. Não é o mesmo, mas também não podia esperar que assim fosse. Diz que faz parte da vida: crescer e deixar as pessoas entrar e sair das nossas vidas. Contudo, custa-me fazer isso. Ando à demasiado tempo a preparar este texto, tudo porque não me sinto confortável a falar deste assunto. Parece que quando se diz e se começa a pensar muito nisso, se torna tudo muito mais oficial. Magoa-me pensar que no final do próximo mês vou perder o contacto com muitas das pessoas que conheci nestes três anos de vida como estudante do secundário. Talvez devesse ter pensado nisto antes e devesse ter adiado o secundário mais uns aninhos, deixando umas disciplinas para fazer. Mas de que me valia isso? Os meus colegas iam seguir a vida deles na mesma e eu ia acabar por ficar sozinha no meio de crianças de uma geração diferente da minha. Assim acaba por ser melhor. Estamos todos a viver o mesmo, ao mesmo tempo, mesmo que uns com mais intensidade do que outros.
Não gosto de despedidas! Fazem-me pensar que estou a crescer e que tenho de seguir com a minha vida quando só me apetecia era ir para a Terra do Nunca e tornar-me num dos meninos perdidos (neste caso, meninas). Como não posso fazer isso, derivado a me faltar pó de fada e pensamentos felizes, vou limitar-me a ficar por aqui e ver se aguento as despedidas.

De uma coisa tenho a certeza: no fim, vou chorar! 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Final Feliz

E foram felizes para sempre… A sério? Quer dizer, isso é possível sequer? -.- Pouco importa que não seja, o que aqui importa é: porque raio é que eu não posso ter a porcaria de um final feliz? Sim, já sei que vão todos dizer que não tenho o direito de me queixar da minha vida porque existe muita gente que não tem família, que não tem casa, que não tem dinheiro para comer sequer… eu sei isso tudo! Eu não me queixo da minha vida, mas sim de parte da minha vida. Não sei bem quantos de vocês que lêem isto sabem o quão frustrante é gostar mesmo de alguém (tendo em conta que o “gostar” é um verbo muito subjectivo e ter a perfeita noção de que podiam desaparecer que essa pessoa não daria pela diferença. Pronto, é desta parte da minha vida que me queixo. Agora dizem que é coisa da adolescência e etc. Por isso vou tomar a liberdade de vos ignorar e continuar a contar a minha história. Não sei como é que ainda não desisti desta ideia parva. Sim, parte de mim realmente acha que não vale a pena continuar a “lutar” por alguém que não presta, dizem por aí. No entanto, a outra parte de mim quer matar a parte que acha que não vale a pena, porque vale, talvez. Quando me perguntam se não estou cansada de dizer sempre a mesma coisa e de ouvir más respostas, é claro que estou, mas será que desistir é mesmo a solução? Juro por tudo que já tentei desistir, não deu! A única coisa que me resta é mesmo levar isto até ao fim e esperar que se nada resultar, porque não vai resultar, que as nossas vidas que separem e que eu possa seguir com a minha. “Ó Madalena, estás a ficar obcecada não?” Não! Querer algo é estar-se obcecado? Preocupar-se com alguém é estar-se obcecado? É? Mais uma vez vou ignorar as vossas respostas a estas perguntas sem nexo. Eu explico porque não estou obcecada. De que me vale a obsessão? De nada! Gosto de alguém, e depois? Sim, eu preocupo-me com a pessoa, há algo de mal nisso? Por isso não me digam que estou obcecada, que não vejo a realidade, porque acredito que a vejo como ninguém e que por isso tudo isto ainda me custa mais. Parem de me tentar dizer o que devo fazer… Acham mesmo que estou a ouvir o que dizem? Por favor, não é que a vossa opinião não importe, mas neste assunto acho que tenho de me aguentar sozinha… e se cair, tenho de me levantar sozinha!

Por tudo o que disse, e porque fui educada pelos maravilhosos clássicos da Walt Disney Studios, ainda acredito que esta história possa ter um final feliz! Sendo assim: E foram felizes para sempre, O Fim. 

domingo, 12 de maio de 2013

Das músicas tristes

Ainda não percebi porque é que quando começamos a pensar muito numa coisa que nos faz ficar tristes desatamos a ouvir músicas igualmente tristes que só nos fazem lembrar pessoas que já perdemos (mesmo sem nunca as termos tido) e que fazem as lágrimas escorrer pelo rosto.
Se alguém tiver uma resposta que me diga porque começo a desesperar de não saber.

Vou não dormir e ficar a deprimir a noite inteira sim?
Quando conseguir seguir em frente eu aviso... temo que seja nunca.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Mau dia

Visita de estudo no dia livre.
Caí das escadas e fiz um traumatismo no pé esquerdo.
O dia inteiro a pé a visitar o Palácio de Mafra.
Dor horrível no pé.
Ida às urgências.
Cerca de 4 horas de espera.
Uma semana de muletas.
Duas semanas sem educação física.
Dores infinitas.
Escola amanhã às 8:30.

LINDO -.-

terça-feira, 30 de abril de 2013

Trabalhos Manuais #14 - Prenda do Dia do Pai

Desculpem só publicar as fotos agora, mas é assim.
Esta foi a prenda que dei uma meu pai pelo Dia do Pai.
Uma caixa de madeira destinada ao armazenamento e transporte (caso necessário) de vinho, tudo pintadinho por mim :)






Trabalhos Manuais #13 - Foram pelo correio






Parte de uma colecção em que ando a trabalhar, A Colecção dos Salpicos!
Uma caixinha para guardar o que for preciso e um espelho de mão. 
Estas viajaram até à Letónia! 

Dedicatória


Nunca soube se sabias o que realmente eu sentia por ti. Talvez soubesses, talvez por isso me pedisses tudo e eu fosse dizendo que sim. As coisas mudaram desde então. Já nem eu, nem tu, somos iguais ao que éramos quando nos conhecemos. Eu mudei tanto. Talvez tenhas mudado também, ainda não consegui descobrir. Foste tanto para mim, e é por isso que não me vejo capaz de seguir em frente sem levar comigo pedacinhos do que foram os meus sentimentos por ti. Lamento que seja assim, não imaginas o quanto eu lamento. Apesar de tudo isto eu sei que consegui seguir em frente, és tu que continuas a puxar-me para trás, a levar-me novamente para o buraco negro do qual tanto tempo eu levei para me levantar. Não me faças isso, por favor. Vamos ser amigos e lutar pelo que acreditamos, ainda que sejam coisas diferentes. Ainda que eu tenha as minhas ideias e tu as tuas. Talvez fosse melhor eu desejar arduamente esquecer tudo o que se passou, não que se tenha passado alguma coisa, pelo menos não fora da minha cabeça. Ainda não percebo o que se passou comigo, talvez um dia consiga entender. Até lá, ficamos assim, eu e tu. Cada um com a sua vida, cada um com os seus objectivos  cada um com as suas manias… Ficamos assim, eu, tu, separados, mas ainda assim, juntos!

Outrora com amor,

Madalena

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Voltas

Faz já tempo que preciso de um momento para escrever e reflectir. Hoje está-me a parecer uma boa noite. As últimas semanas têm sido atarefadas. Tenho tido muitos trabalhos e pouca vontade para os fazer. Tenho andado com a cabeça na universidade, agora que já estou mais certa do que seguir e para onde ir. Gostava de ficar perto de casa. Ou melhor, gostava de ficar em casa, por isso a escolha será mesmo Lisboa. Não sei se tenho capacidade para me afastar de casa tão proximamente, estou demasiado habituada aos cozinhados da mamã e ao meu quarto para ir para uma casa alugada no meio de nenhures. Para além destas decisões, que agora me parecem bastante insignificantes, a minha vida tem permanecido inalterável. No entanto, parece que tudo mudou só pelo facto das pessoas que me rodeiam terem sofrido alterações nas suas vidas. Ainda não sei o que achar disso, mas estou a tentar passar ao lado. Estou a ver se não me envolvo nas mudanças para garantir que tudo permanece mais ou menos na mesma. Não sei quem estou a tentar enganar ao fazer isto. Eu sei perfeitamente que por mais que eu deseje que a vida dá muitas voltas e nem sempre são as que queremos. E não quero que as coisas mudem, pelo menos algumas coisas. O pior são mesmo os dias em que me agarro às memórias. Fogo, é incrível como as coisas mudam em tão pouco tempo, ou então é o tempo que passa rápido demais. Parece que foi ontem que estava aterrorizada por mudar de escola, mudar de turma, mudar de ambiente. Assustada por ter ido sozinha para um curso e enfrentar 3 anos de secundário. Esses 3 anos acabam dentro de uns 2 meses (mais coisa menos coisa). E são estes momentos de reflexão que me fazem pensar que podia ter sido tudo de maneira diferente. Só me arrependo das coisas que não fiz. Talvez me tenho agarrado demasiado a um grupo restrito de amigos. Talvez não me tenha relacionado com as pessoas certas. Mas que importa? Nada! Agora já não importa. E não importa porque conheci gente maravilhosa e aprendi muito (talvez mais do que nas próprias aulas). É verdade quando dizem que temos uma melhor perspectiva de quem somos durante e após o secundário. Admito que mudei imenso. Mas não me arrependo de nada! Sei que vou sentir saudades disto, até porque já as sinto e ainda não acabou. Para ser sincera, nem sei se quero que acabe. Gostei demasiado destes 3 anos. Mesmo estando farta de ver as mesmas pessoas e as mesmas paredes todos os dias e de desejar sair dali e prosseguir com a minha vida, não posso deixar de sentir saudade de cada vez que penso que já não falta quase nada para acabar. Mesmo que tenham acontecido coisas más, talvez mais do que boas. Estão mesmo todos a caminhar para o fim. Está tudo na fase de repousar as ideias e de decidir o rumo a tomar. Daqui a poucos meses cada um vai estar a viver a sua vida e muitos dos que agora são meus colegas nunca mais os vou ver. E se os vir, vai ser daqui a muitos anos, quando os nossos filhos estudarem juntos e depois nos encontrarmos nas reuniões de pais. Seria assim, mas não quero ter filhos.  

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A encalhada

Era uma vez uma menina. Ela era conhecido por todos os seus amigos como a encalhada. Porquê? Porque todos tinham namorado menos a menina. Toda gente tinha estado envolvida numa relação, quer curta, quer comprida, isso não importava. O que importava era que a menina não tinha ninguém. Mas ela até se interessava pelas pessoas, as pessoas é que não se interessavam por ela. A encalhada passava os seus dias a sonhar com namorados perfeitos e relações vindas de contos de fadas. Ela criava uma relação com alguém e essa relação só era real na cabeça dela. Um dia a encalhada ficou doida e mais do que nunca parou de conseguir distinguir o real do imaginário, e por isso sonhou ainda mais alto... Vamos ver quanto tempo dura até a encalhada cair de tão alto que sonhou!

P.S. - Obrigada Mariana porque me fizeste lembrar que não estou sozinha no mundo :) 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A tomar caminho...

Depois de visitar o dia aberto de uma universidade comecei finalmente a perceber o que quero de facto fazer na vida. Ainda não sei exactamente a profissão que quero exercer, mas começo a chegar a uma ideia mais clara do que pretendo estudar quando chegar ao ensino superior. Estou entusiasmada! Ao fim de tanto tempo a sofrer para ver se me decidia parece que desta vez é mesmo isto. Não me apetece estar aqui a dizer nomes (nem do curso, nem da universidade), mas apetece-me dizer que gostei muito do espaço, do ambiente e das pessoas. O curso atrai-me e identifiquei-me bastante com as várias vertentes da área. Contudo, nem tudo é bonitinho e existe aquela vertente do trabalho e do empenho e disso tudo. Vou ter que dar tudo e vou ter de me empenhar ao máximo. Agora é isto que eu quero e por isso vou lutar para ver o que consigo alcançar. Afinal de contas, é sempre preciso trabalhar para se obter o que se quer (pelo menos é assim que funciona no mundo das pessoas ditas "normais").



terça-feira, 2 de abril de 2013

Do regresso à escola

Está tudo na mesma!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

1 de Abril

Estou grávida. Os meus pais expulsaram-me de casa. O pai da criança deixou-me. Vou abandonar a escola. Estou a viver na rua, mas com luxo porque vivo numa caixa de cartão que transportava um lcd. No entanto, ganhei o euro-milhões e por isso fiquei bem! Comprei uma casa. Comprei um carro. Arranjei uma ama para a criança. Voltei à escola. E no fim, como era milionária... o pai da criança voltou!

Gostaram da história?


Feliz dia das Mentiras :)



sábado, 30 de março de 2013

Mudança de hora e Páscoa feliz


Caros leitores, não se esqueçam que muda a hora! (só para ser do contra já mudei o meu relógio de pulso)
Vamos dormir menos uma hora esta noite, mas por uma boa causa: voltam os dias longos com finais de tarde espectaculares :)
Uma Páscoa muito fofinha para vocês, mas cuidado com o excesso de chocolates e amêndoas... 

'Jinhos fofos.

P.S.- A escola volta na próxima terça-feira... yupi -.-

quinta-feira, 28 de março de 2013

O Refúgio

Não sei se já tiveram a experiência de escrever um diário. Digo isto porque à já uns meses que ando a experimentar.
Não é a primeira vez que faço isto, já tinha escrito diários antes (totalmente influencia pelos "Diários de Sofia"), mas agora é certamente diferente!
Antes tentava escrever para os outros. Relatava a minha vida em cenário de filme. Assim, nunca fui totalmente honesta com o que escrevia. Agora escrevo para mim. Escrevo tudo o que sinto e digo-vos que não há ninguém melhor com quem desabafar do que com uma folha de papel. No meu diário, ainda pequenino, encontrei um refúgio para a minha alma. De certo modo, a escrita sempre me ajudou a lidar com a realidade, ainda mais agora que se torna tudo tão complicado. Escrevo para mim porque conto tudo o que não quero que ninguém saiba. Não quero ser a coitadinha que se anda pelos cantos a lamentar, por isso escrevo tudo e guardo tudo, não vale a pena andar por aí a contar às pessoas... nem mesmo aos mais fiéis amigos (que são poucos).

A minha ideia é que quando não precisar mais do diário lhe vou queimar as páginas. É incrível pensar como é possível guardar tanta coisa num simples caderno cheio de gatafunhos. Mais incrível ainda é ver como em tão pouco tempo lhe consegui contar tanta coisa. Tantos pensamentos, tantos segredos, tantas confissões. 
Se algum dia alguém descobre o meu diário... se alguém algum dia o ler (seja quem for a pessoa), estou desgraçada. 
Nunca fui tão honesta com alguém como sou com este caderno e isso diz muito... pelo menos acho que diz.

sexta-feira, 22 de março de 2013

School break

Sei que a primeira coisa que vos digo quando fico de férias, é que estou de férias. No entanto, ainda não vos tinha dito nada. Portanto, ESTOU DE FÉRIAS! Ainda que sejam só 2 semanas (e uma delas já lá vai), mas sabe bem. Ah, e pela primeira vez na história deste blog, tenho realmente planos para as férias. *O quê Madalena?! Tens planos para férias?!* Sim caros leitores, tenho realmente planos. Já sei que estão para aí a pensar como raio é que eu arranjei planos e não sei quê, mas ya, tenho planos! Os meus friends e eu finalmente nos dignamos a combinar coisas juntos, enfim.
Já sabem o que a Amizade significa para mim e por isso sabem o quanto eu amo os meus friends e que eles são a minha vida (:  Logo, passar as férias a "saltar" de casa em casa e de ir passear com eles é demasiado bom.
Conclusão disto tudo... Apesar de serem as minhas últimas férias da Páscoa como estudante do secundário (snif snif) estão a ser muito boas!
'Jinhos fofos e divirtam-se na Páscoa!!!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Alguém está interessado em ti quando

Sabes que alguém está interessado em ti quando:

1. Gosta e comenta tudo o que publicas no facebook
2. Tem aulas do outro lado da escola, mas passa por ali só para te dizer bom dia
3. Te convida para ir a algum lado e a desculpa é "está um lindo dia"
4. Telefona-te e finge que se esqueceu porque telefonou
5. Ouve as mesmas músicas que tu e tu sabes que ele/ela as odeia
6. Concorda com tudo o que dizes
7. Olha para ti constantemente
8. Diz coisas sem sentido quando está a falar contigo
9. Elogia o teu cabelo quando sabes que está mesmo horrível
10. Fala de ti aos amigos

(devem existir muitas mais, mas para mim estas são as mais óbvias)

quarta-feira, 20 de março de 2013

Meter conversa

Ó Meu Deus! Não odeiam quando alguém está a tentar meter conversa com vocês e se nota (claramente) que não têm nada de interessante para dizer? É horrível, certo? Pois, eu sei. O pior é mesmo quando eu é que estou a tentar meter conversa. 
Não perguntem porque raio é que faço isso. Aliás, existem diversas razões para o fazer, razões essas que estão sempre a variar. Eu explico. Posso querer meter conversa com alguém porque: quero desesperadamente falar com essa pessoa, independentemente do assunto; estou mega aborrecida e apenas preciso de entretenimento; ou então gostava de conhecer melhor a pessoa, mesmo que me pareça ridículo. Ando um bocado a cambalear por estas três razões, no entanto ando a ver se largo a primeira, visto que me parece ser a menos saudável. 
A questão é que "meter conversa" é estupidamente vulgar, logo, está sempre a acontecer. Sempre! E digamos que aquelas conversas de ocasião dos "olá, tudo bem?" são tão chatas que cada vez que digo isto a alguém tenho vontade de dar um estalo a mim própria! Acaba por ser intuitivo e eu sei que ninguém faz isto por mal, mas às vezes (grande parte das vezes) gostava que fosse possível "meter conversa" sem usar este esquema de palavras previamente escolhidas. 
Um dia talvez.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Off to Never Land

Para quem ainda não sabe, sou uma amante da Disney! Não propriamente das coisas que por lá são feitas hoje em dia, mas por causa dos filmes lindos (daqueles mesmo old school). 
O Peter Pan é bem capaz de ser um dos meus preferidos, no meio de tantos que adoro. Não é dos preferidos por causa das personagens, por causa de meter Londres à mistura... nada disso. Gosto deste filme pelo que ele representa. 
Acho fascinante a crença num lugar onde os mais pequenos é que mandam e que onde não se envelhece! Este é o sonho de muitos... não crescer. Crescer significa tanto que assusta as pessoas, pessoalmente, assusta-me! 
Acho magnífico que para chegar a esse lugar seja preciso pensar em coisas felizes e acreditar. E eu acredito! 
Custa demasiado viver no mundo real e ter de arcar com todas as responsabilidades de ser um adulto.  
Por isso não quero crescer! Quero ser criança para sempre. Quero não ter de me preocupar com coisas chatas. Quero poder dizer parvoíces e quero que me achem piada porque sou pequenina, e o que os pequeninos fazem tem sempre piada. 
A verdade é que vou ter sempre uma criança dentro de mim, a parte de mim que nunca cresceu e que nunca vai crescer, porque a vida é mesmo assim. 

A Terra do Nunca é a minha casa, ainda que apenas em sonhos. Mas o sonho comanda a vida. Por isso, todas as noites vou sonhar e vou voar em direcção à segunda estrela à direita até ser de manhã! (só me falta o pó de fada!)



Pedra Filosofal

Hoje lembrei-me deste poema...


Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão