segunda-feira, 22 de março de 2021

Recomeçar

A Primavera é sinónimo de recomeço ou não? A chegada dos dias com mais horas de luz solar deixam toda gente mais bem disposta e com vontade de fazer coisas! A inércia de estar em confinamento (e desempregada) deixa-me deprimida e confesso que ter o sol mais presente nos meus dias é sem dúvida uma mais valia. Uma das coisas que percebi sobre mim ultimamente é que só me sinto feliz e realizada se estiver a fazer coisas. Tenho dividido os dias entre arrumações em casa, as minhas auto aulas de piano e as pinturas/trabalhos manuais que vou fazendo para me entreter. Às vezes sinto que exijo demasiado de mim, aliás, tenho a certeza disto! Quero fazer tudo e conseguir chegar ao fim do dia com a to do list toda riscada, mesmo que tenha escrito nela pontos para uma semana inteira. Quero os planos todos executados para ontem porque não tenho paciência para esperar pelo resultado que quero. Fico desmotivada por não conseguir resultados imediatos e desisto. "Desisto" talvez seja uma palavra demasiado forte. O que acontece é que meto o projeto em pausa. E foi isto que aconteceu com o meu negócio que vos falei aqui. Deixei as coisas em pausa, meio por preguiça, meio por falta de resultados. O que é obviamente uma estupidez, porque parada é que não vou mesmo ter resultados. Agora, com o entusiamo do sol e dos dias mais compridos e com a esperança que a Primavera deixe as pessoas com mais vontade de comprar/usar peças giras decidi recomeçar e fazer melhor. Dar um up na página e nos designs. Quero ser ainda mais cuidadosa com o todo o processo, desde a produção dos brincos à publicação dos conteúdos na página. E malta, estas coisas por mais fáceis que pareçam ser quando estamos apenas a ver, conseguem ser bastante trabalhosas e consumir bastante tempo também. Mas tempo é o que não me falta não é verdade? E toda a minha formação académica do último ano foi muito à volta disto de criar conteúdos. Por isso bora lá! Qual foi o primeiro passo perguntam vocês: renovar completamente o meu home office. Claro malta, vocês já sabem, eu não faço nada da maneira mais simples. Acabo sempre por ir dar uma volta gigante sem necessidade, mas na minha cabeça só assim faz sentido. Só estou bem a criar as minhas artes se estiver num espaço que seja funcional e esteja visualmente agradável e organizado. Organizado o meu escritório já estava. Faltava-me apenas um pouco mais de espaço de arrumação, e principalmente arrumação a que eu conseguisse aceder sem esforço. O espaço é muito pequeno e o único módulo de gavetas que eu tinha era quase impossível de aceder porque estava preso num canto. Solucionei o meu problema com uma bela (e barata) secretária do IKEA, daquelas mesmo básicas, gavetas num lado, pernas no outro. Ganhei uma gaveta, e mais importante de tudo, consigo aceder a tudo mega facilmente! Alto entusiasmo com uma coisa tão básica já viram? Mas é mesmo assim, eu sou feliz com pouco. E claro, como trocar de mobília era demasiado simples, achei que era boa ideia aproveitar para pintar as paredes. Já não podia ver aquele verde à frente, e a cor já estava com um aspeto gasto e sujo. Optei por uma cor mais clara, num tom completamente diferente e que eu acho ser mais de "gente crescida" (esperem só pela Madalena do futuro a odiar tudo isto). Foi um fim de semana de trabalho árduo nas pinturas (agradeço às horas de ginásio que me fazem mais forte e me protegem das dores musculares no dia seguinte a estas andanças).  Terminei este projeto há poucas horas e agora, com tudo no lugar e pintado de fresco, posso dizer que me sinto em condições de pegar nos projetos que andava a adiar por preguiça e por medo de falhar. Esta volta toda para vos dizer que não tenham medo de ir pelo caminho mais longo e trabalhoso se souberem que é esse caminho que têm de percorrer para chegar onde querem. Eu sei que precisava disto. E mesmo que as outras pessoas não compreendam as nossas decisões, não tenham medo de fazer o que vos faz bem. Seja trocar a mobília, deixar o emprego tóxico, mudar o vosso estilo de vida, façam o que tiverem de fazer para se sentirem mais vocês próprios. E que tenhamos sempre presente que por vezes para podermos recomeçar, temos de dar uns quantos passos atrás. Beijinhos, boa semana e até já ❤

domingo, 14 de março de 2021

Filmes que vi esta semana #1

Como sabem estou cheia de tempo livre e algum desse tempo tem sido para ver filmes. Tenho toda uma lista, mas ainda não peguei nos clássicos (shame on me) nem na mega maratona que tenho planeado para fazer em breve dos filmes da Marvel. Esta semana vi três filmes que gostei bastante e quero partilhar com vocês. Provavelmente vou trazer este tipo de partilha mais vezes e aproveito também para vos deixar à vontade para me sugerir filmes nos comentários. 


        


Extracurricular Activities (2019) 

The Hitman's Bodyguard (2017)       

Yesterday (2019)

Adorei os três e diverti-me a ver todos. Não vos vou estar a massacrar com sinopses, por isso deixei-vos os links para as respetivas páginas de Imdb se quiserem saber mais. Acho que o enredo que mais gostei foi o do Extracurricular Activities. Ainda que tenha achado o final um pouco previsível, gostei de ver e acho que está uma narrativa inteligente. O Yesterday achei brilhante para quem adora música. Juro que a certo ponto do filme vão dar por vocês a cantar com as personagens! E o The Hitman's Bodyguard é um filme de ação cheio de piada mesmo ao estilo do Ryan Reynolds. São os três ótimos filmes para passar um bom bocado. 

Digam-me nos comentários se já viram algum destes filmes ou se ficaram curiosos para ver. Não se esqueçam de deixar as vossas sugestões. Beijinhos e até já ❤

Dia 365 de Março

Um ano a viver neste infindável mês de março.
Foi no dia 13 de março de 2020 que estive pela última vez a trabalhar no escritório. Nessa tarde de sexta-feira vim para casa de computador debaixo do braço, pronta para começar a trabalhar remotamente. Ainda ninguém sabia bem por quanto tempo. Para mim acabou por ser até ao final do meu contrato. Foram 10 meses de teletrabalho e outros quantos de aulas online da pós-graduação. Foi apenas há um ano mas parece que já é uma coisa tão distante. Nunca tinha tido a experiência de trabalhar a partir de casa. Admito que os primeiros meses foram estranhos. Passar do ambiente movimentado do escritório para conversas de WhatsApp, chamadas no Teams e troca de e-mails foi uma adaptação interessante. Ainda assim, gostei bastante. Rapidamente me habituei ao novo ritmo e pude confirmar que me organizo igualmente bem estando ou não no escritório. Depois pude retomar o ginásio e foi ótimo ter finalmente tempo para encaixar o exercício no meio do dia de trabalho. E agora, as últimas semanas também têm sido de adaptação. Divido os meus dias entre a procura de emprego, os momentos de treino no piano, exercício em casa, enfim, tudo o que seja possível fazer para os dias irem passando com leveza. Acho que o mais difícil deste ano (e acredito que muitos de vocês vão concordar comigo) foi lidar com a relação com os outros à distância. Tenho saudades de passar tempo com os meus amigos fora dos chats e chamadas de vídeo. Senti falta da família toda junta no Natal. Acho que é por isto que estamos todos ansiosos: o retomar das atividades com quem mais gostamos. Isto e os espetáculos (e o Carnaval malta!!!) Se são como eu e não dispensam um bom concerto, uma ida ao teatro ou um filme no cinema, já devem estar a ressacar completamente tudo isto. Ainda não consigo ver um futuro em que seja possível retomar concertos nos moldes pré-covid, mas espero que no próximo ano as coisas estejam controladas ao ponto de se começar a pensar nisso. Amanhã desconfinamos novamente. Não que eu vá modificar alguma coisa na minha rotina, mas é bom ver algum comércio a retomar, mesmo que com todas as restrições que ainda existem. Muitas são patetas, é verdade, mas também é verdade que não se pode agradar a todos os serviços e pessoas. É natural que com uma nova abertura de portas as coisas voltem a piorar um pouco. Ainda assim quero acreditar que as vacinas vão continuar a chegar e que cada dia que passar é um dia mais perto do normal pelo qual todos ansiamos. Mantenham-se o mais resguardados que puderem. Cuidem de vocês e dos vossos. E nunca deixem de procurar a luz ao fundo do túnel. Até já ❤

quinta-feira, 4 de março de 2021

O que a prática regular de exercício fez por mim

Em 2016 inscrevi-me num ginásio. Estava convencidíssima que ia mudar de vida. Não aconteceu. Não sei como é a vossa relação com o exercício físico, mas a minha é uma relação complicada, sempre foi. Desde que me lembro sempre tive peso a mais e sempre gostei demasiado de comer. Durante muitos anos estive realmente desconfortável com o meu aspeto, mas felizmente agora é algo que consigo aceitar e gostar e não deixo de viver a minha vida por a minha roupa ser toda XL. Foi preciso pôr na cabeça que importa mais como eu me sinto do que aquilo que os outros dizem e pensam de mim. Ainda que continue a existir imensa gordofobia por aí e que muitas vezes eu me deixe afetar por comentários desagradáveis. Nunca consegui ser muito regular nas idas ao ginásio. Honestamente é um ambiente que me incomoda, está toda gente demasiado feliz e todos insistem em meter conversa e ser mega entusiásticos. E se eu já não adoro a prática de exercício, gosto ainda menos que insistam em perturbar a minha paz quando tudo o que eu quero é despachar aqueles 30 minutos e ir dormir. Por isso, fui durante uns tempos nos dias em que tinha mais paciência para aturar aquilo tudo e até criei uma rotina gira com algumas aulas de grupo que gostava bastante. Acontece que depois de terem cancelado essas aulas que eu gostava, os dias em que tinha paciência para me deslocar até ao ginásio e treinar deixaram de existir. Saía demasiado cedo para Lisboa para ir trabalhar e voltava demasiado tarde para ainda me ir enfiar num ginásio. Estive mais ou menos um ano a pagar sem pôr lá os pés uma única vez (quem nunca?). E depois, covid aconteceu! E os ginásios fecharam. E fechou tudo. E quando voltaram a abrir, eu estava em teletrabalho, com horário reduzido, e encontrei no ginásio uma forma de sair da minha rotina caseira. E malta, o que eu adorei o ginásio em tempos de covid! Literalmente, cada um no seu quadrado! Todas as zonas marcadas no chão, distância entre máquinas, distância entre pessoas. Acabaram os hi-fives, acabaram as aulas com o estúdio a transbordar de gente. Amém 🙌 Acredito que para muita gente tenha sido triste ver as coisas assim, mas eu confesso que adorei o espaço a mais e o entusiasmo a menos. Tanto adorei que, ao fim de quatro anos, consegui finalmente criar uma rotina de treino! Comecei a ir nunca menos que três vezes por semana e ao fim de uns dois/três meses até comecei a ter treino acompanhado, na tentativa de explorar um pouco mais a sala de exercício e conseguir aproveitar melhor o tempo despendido no ginásio. E claro, como sabemos, o covid voltou a rebentar e os ginásios voltaram a fechar. Felizmente, tenho conseguido manter os meus treinos e continuo a ter treino personalizado uma vez por semana, tudo online. Não sei como funciona com os outros ginásios, mas o meu faz um esforço tremendo para continuar a dar todas as condições aos sócios para que continuemos a treinar. Suponho que fazem o que podem para se manter em funcionamento, mesmo com as portas fechadas. Temos aulas online o dia todo, algumas em direto e outras gravadas, continuamos a ter os treinos personalizados e até há a opção de alugar algum material do ginásio para que seja tudo o mais normal possível no conforto da nossa casa. Eu aluguei apenas um step, porque o resto das aulas que faço consigo desenrascar com alguns halteres e coisas do género que já tinha por casa. E a verdade é que para muitos exercícios basta apenas o peso do corpo e já são bem desafiantes.

Agora, não pensem que por causa desta rotina toda eu comecei a adorar fazer exercício. Não malta, a minha relação com o exercício físico continua complicada. Raras, muito raras, são as vezes em que me apetece treinar. Mas o pós treino e os resultados a longo prazo valem aquela 1h30 de sofrimento por semana. A verdade é que os 30 minutos de treino passam a voar e a parte mais difícil é mesmo começar (e no caso de quando o ginásio estava aberto, ir até lá). Ainda tenho muitos exercícios que odeio e me custam MUITO a fazer, mas também não preciso de fazer tudo e com o acompanhamento percebi que há sempre uma opção adequada a cada um. Emagreci sim, não o suficiente para deixar de ter peso a mais porque não sei fechar a boca e muitas vezes continuo a fazer más escolhas no campo da alimentação, mas honestamente para mim a perda de peso não é tudo. Claro que foi confortável conseguir voltar a vestir as calças que tinham deixado de servir durante o confinamento passado, mas foi ainda melhor sentir-me mais ativa e menos cansada no meu dia-a-dia. Sinto diferença no volume do meu corpo e tenho sem dúvida mais força, principalmente a nível de braços. Reconheço também que o exercício tem o poder de me limpar a cabeça de porcarias sem jeito nenhum e é ótimo para me deixar cansada e me fazer dormir a noite toda. O objetivo em 2016 era perder peso, e agora passa muito mais por me sentir bem. Claro que a perda de peso estará sempre diretamente ligada a isso porque para ser realmente saudável eu preciso de baixar os números da balança, mas vejo mais isto como uma consequência boa do que como o objetivo principal. O treino personalizado não é barato, mas teve um impacto muito positivo na maneira como eu encaro tudo isto. Tenho aprendido muito e sei que ao voltar à sala de exercício do ginásio já não vou parecer uma barata tonta perdida no meio das máquinas sem saber o que fazer. Não é uma coisa que eu acho que se deva manter para sempre porque ao fim de um tempo já se conseguem orientar bem sozinhos e estão só a gastar mais dinheiro atoa, mas é um bom começo se querem implementar uma rotina regular de exercício e não o conseguem fazer sozinhos. O ginásio continua a não ser o meu sítio favorito do mundo, mas confesso que é um bom escape ao corrupio que é a vida. Treinar em casa, mesmo que a assistir às aulas no zoom, é uma treta e sinto-me sempre ridícula. Ainda assim, o importante é fazer alguma coisa pela nossa saúde, mental e física. Idealmente gostava de incluir na minha rotina de treino umas caminhadas ou corridas quem sabe  mas continuo a ter muita preguiça para sair de casa e me pôr a mexer. Lá está o que custa é começar. Espero não ter sido demasiado maçadora com todo este assunto. Espero que tenham gostado e que encontrem a melhor forma de cuidar de vocês. Até já ❤

quarta-feira, 3 de março de 2021

5 coisas simples para enfrentar dias difíceis

Estamos todos um bocadinho a dar em doidos não é verdade? E por muito positiva que seja a nossa atitude perante as adversidades da vida, todos temos dias em que acabamos por nos sentir um pouco à deriva e sem vontade de existir. A primeira coisa a fazer nestes casos é aceitar e perceber que isto é normal e que amanhã o dia vai provavelmente ser melhor. Deixo-vos uma breve lista com cinco coisas simples em que se podem focar de maneira a enfrentar com sucesso os dias mais difíceis. (a ordem é irrelevante)

1. Não saltar refeições e beber líquidos. Se estiverem a ter um dia daqueles em que nem vos apetece sair da cama, por favor, façam um esforço para comer bem e beber líquidos. Não saltem o almoço, não se descuidem com o lanche e não se vão deitar sem jantar. Não precisam de comer um banquete se não tiverem vontade para tal, mas tentem manter-se alimentados e hidratados. Estão aborrecidos, façam uma pausa no aborrecimento e bebam um grande copo de água enquanto experimentam uma das mil receitas que têm nos posts guardados do Instagram.

2. Tenham um passatempo que vos dê prazer. Para mim isto são coisas como pintar, ler ou tocar piano (aprender a tocar aliás, ainda estou muito no início). Mas basicamente o importante é terem algo em que se possam focar durante umas horas e que independentemente do quão mau estiver a ser o dia, vocês tenham vontade de o fazer. Eu tenho sempre à mão o meu livro de colorir favorito e uma caixa de lápis de cor.

3. Fazer a cama. Aquele passo básico que é um bom ponto de partida para qualquer dia correr melhor. Isto vai deixar-vos o quarto mais arrumado e, muito importante, vai ser um obstáculo para tornar mais difícil a vontade de voltar para a cama. Para mim resulta muito bem nos dias em que só me apetece estar dentro dos lençóis. Com a cama toda bonitinha nem dá vontade de estragar. Experimentem. 

4. Tomar banho. Parece óbvio não é? Mas a verdade é que um bom banho faz milagres. Deixem no duche tudo aquilo que vos está a incomodar a mente (ou tentem pelo menos) e aproveitem esse tempo para relaxar. Se gostarem, também podem aproveitar para fazer uma máscara ou passar um exfoliante. Usem este tempo para se valorizarem e cuidarem um pouco mais de vocês do que o habitual do dia a dia. Isto também vale para quem gosta de experimentar novos looks de maquilhagem ou para quem (como eu) ainda não aperfeiçoou a arte de fazer um bom eyeliner e precisa de treinar.

5. Vejam o vosso filme/série favorito. Para mim qualquer um da saga do Harry Potter e uns dois ou três episódios seguidos de How I Met Your Mother são remédio santo! Vejam algo que vos inspire, vos relaxe e vos motive. A vossa cabeça vai estar ocupada durante aquelas horas e no final vão estar certamente mais bem dispostos.

Outra coisa que também me ajuda muito nestas alturas é tentar concluir tarefas pequenas que tenho vindo a adiar há algum tempo, como por exemplo organizar uma gaveta cheia de tralha ou escolher roupa que já não uso para doação. É uma forma de no fim do dia sentir que consegui ser produtiva e sinto-me sempre mais em paz sabendo que tenho as coisas organizadas. E outra também, é fazer exercício. Uns minutos de cardio ou musculação podem fazer milagres à vossa cabeça, acreditem! E no fim ou estão mais motivados para enfrentar as dificuldades ou cansados o suficiente para dormir uma boa noite de sono. E já agora, metam música a tocar e dancem sozinhos! Nada levanta mais o espírito do que cantar e dançar sem ninguém estar a ver. Parece pateta, mas é incrível, experimentem. 

E vocês, o que é que costumam fazer para enfrentar os dias mais complicados? 

Contem-me tudo nos comentários. Até já. ❤