segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Fim

(uma continuação de "Eu Lembro-me")

Sonho com o momento em que vais estar perto de mim e em que vais dizer, num breve sussurro, “Eu Amo-te”. Recordo as memórias do Verão passado, quando te vi naquela rua cheia de gente, quando nos sentámos no muro a conversar. Recordo que nessa noite não me lembrei de quem eras, não sabia o teu nome, quando li o bilhete é que percebi, e tu já não estavas lá. Oh Gonçalo, quem me dera saber onde te encontrar. Preciso de falar com alguém, alguém que me compreenda. Tu em tempos compreendias, ainda compreendes?! Quero sentir que estás aqui.
(…)
Foi inevitável. Era impossível ver a tua fotografia naquela página do jornal e não sentir um aperto no coração. Agora sei (se todas aquelas coisas sobre a vida depois da morte forem verdade) que me estás a observar. Quero ir ter contigo. Preciso de ti.

Amo-te. Ontem. Hoje. Amanhã. Sempre.