terça-feira, 24 de março de 2015

Vida dupla

É inevitável! Estando naquela situação de viver num sítio onde estive a minha vida toda e criei as minhas relações com as pessoas, e estudar noutro sítio (ainda que bastante perto) onde criei novas relações com outras pessoas, só podia estar a viver uma vida dupla. Não será bem uma vida dupla pelo simples facto de que não estou a esconder a uma das vidas que tenho a outra. Não me parece que seja algo mau, acho mesmo que faz parte e não sei se seria suposto ser de outra forma. Claro que se torna muitas vezes um incómodo gerir ambas as partes e querer partilhar coisas de uma vida que não faz sentido na outra. No entanto, sei que não poderia ser de outra forma. Seria muitíssimo complicado conseguir que todas as pessoas se dessem bem e fossem amigas entre si, por isso prefiro manter cada coisa a seu canto, como ajuda a distribuição geográfica. Dou uma parte de mim a cada uma dessas vidas e será sempre assim mesmo que eu acredite mais tarde ou mais cedo ambas as vidas se vão fundir uma na outra. Se estão também a gerir uma vida dupla, uma agenda bem organizada vai dar jeito! Sim, porque não foi só ter mil trabalhos para a faculdade que me fez começar a usar uma agenda para apontar tudo! Muita gente diz que não tem vida, ora bem, eu tenho duas e não queria que fosse de outra maneira :) 

sexta-feira, 6 de março de 2015

Desapaixonar

O processo de esquecer alguém que em tempos foi tudo para vos é estupidamente longo. Quando achamos que já nada sobre essa pessoas nos vai afectar percebemos que afinal não é bem assim. Há quem acredite que para deixar de gostar verdadeiramente de alguém é preciso começar a gostar de outra pessoa. Não acho que tenha de ser assim. No meu entender, uma pessoa pode deixar de gostar de alguém sem ter de se envolver com outra pessoa. Claro que ia ajudar ter uma nova pessoa na nossa vida e ia acelerar bastante o processo, mas não me parece justo. Acho que vai haver sempre aquele sentimento de que estivemos a usar este para esquecer aquele. Não é bom para nós, não é bom para a pessoa "usada". O truque (mais eficaz penso eu) para deixar alguém de lado na nossa vida e seguir em frente sem olhar para trás: primeiro devemos cortar relações com tudo o que nos faz lembrar da pessoa. Não vale investigar as redes sociais, não vale tentar "ser só amigos", não vale guardar presentes. Se é para esquecer alguém, se é para seguir em frente, o melhor é mesmo ser forte e deixar o passado onde deve estar. Ajuda manter a cabeça ocupada com múltiplas coisas, mas devo avisar-vos que é bem doloroso quando nos apanhamos com tempo livre e damos por nós a reviver mentalmente os momentos que passaram. Tentem aprender a recomeçar a viver sozinhos, a sério!  Pensem lá. Se não se sentem bem sozinhos, como é que se podem sentir bem com outra pessoa? Adorem estar sozinhos! Vão ver que quando derem por isso já se desapaixonaram! 


Eu não odeio crianças!

"Eu não odeio crianças!" é isto que penso imediatamente a seguir de pensar/dizer que as odeio. O que eu odeio verdadeiramente são faltas de respeito, birras, barulho... É isso que eu odeio, e se as crianças insistem em produzir o que eu odeio, como posso gostar delas? Claro que os miúdos pequenos são super fofinhos e as roupas de bebé são perfeitas, não nego isso. No entanto, não ficam fofinhos para sempre. O comportamento irritante que surge quando a criança começa a frequentar a escolinha e a conhecer outras crianças, isto é que eu não tolero! Parece que assim que as crianças começam a conviver umas com as outras o diabinho interior decide sair à rua e chatear o pessoal que como eu não gosta de crianças. Sim, porque muitos de vocês acham super giro as crianças a brincar e a fazer barulho. Pois bem, eu não. E agora vocês dizem: " mas Madalena, tu já foste uma criança e também eras assim". Caros leitores, posso garantir-vos que não. Eu fui criança sim e tive uma infância bem feliz, mas eu não era uma criança desrespeitadora e barulhenta. Sempre fui bem educada! Não andava pelo recreio a correr e aos gritos com os braços no ar, como andam as crianças aqui da primária em frente à minha casa. Eu não dizia asneiras, nem sabia o que isso era sequer. Acho que eram outros tempos. A verdade é que fiquei sem paciência para miúdos irritantes e não sei se algum dia a paciência vai voltar. Mas eu não odeio crianças!