sábado, 26 de janeiro de 2013

Dias de chuva e escrita na 3ª pessoa

Perdoem-me pela minha tão acentuada ausência, ainda não estou a 100%! 

Já sabem que gosto do inverno e da chuva e disso tudo, mas ultimamente anda aquele tempinho chato com aquela chuvinha miudinha que parece que não molha, mas vai-se a ver e afinal molha. 
Na passada terça-feira apanhei a primeira grande molha deste ano, ainda que tenha sido só da cintura para baixo (devido à existência de um chapéu de chuva na minha posse). Estava a ir para a escola, tinha mesmo acabado de sair do autocarro quando começa a chover. Ainda me fartei de rir porque tinha chapéu e os outros não, mas depois começou a chover mesmo a sério e assim fiquei com as calças (e as botas) a escorrer em água. 

Ontem de manhã estava mesmo aborrecida e comecei a pensar que à tempos que não escrevia nada na terceira pessoa e decidi fazer um relato (na hora) do começo da minha manhã de sexta-feira. 
Vejam o que ficou nos registos do meu telemóvel (fiel amigo quando não há papel nem caneta).

Os pneus rolavam pelo alcatrão coberto de água e o chiar do limpa pára-brisas começava a incomoda-la. Era mais uma manhã, monótona, e triste. Mais uma manhã em que ela tinha ficado mais uns minutos na cama e que se tinha atrasado no banho, e por isso já não haviam lugares sentados, mesmo assim foi. Foi porque mesmo que tivesse vontade de ir a pé, com esta chuva não se atreveria. Vestiu a sua roupa mais quentinha e à prova de chuva, desceu as escadas, gritou um "até logo" algo atrapalhado, pegou num dos chapéus de chuva (ainda que tenha hesitado entre o preto e o vermelho), abriu a porta e foi. Passou toda a viagem de autocarro a pensar porque raio as pessoas não estavam conversadores naquele dia. Achou estranho o silêncio, mas nada disse, Normalmente as pessoas conversavam alegremente e ela até se ria com as conversas, que às vezes eram um pouco estapafurdias. "Devem estar calados por causa da chuva" pensou. Ela própria não era nada conversadora, falava o que era necessário para não lhe chamarem de mal-educada e era o suficiente. Raramente tinha paciência para longas conversas. As pessoas tinham o cérebro demasiado pequenino para manter uma conversa interessante, por isso é que não conversava. Finalmente chegou à escola. Ainda a chover. Abriu o chapéu e caminhou em direcção ao portão principal. Estava cheio de gente, como sempre, mas uns quantos "com licença" deviam bastar para atravessar a multidão. Subiu as escadas e foi para junto da sua sala, no corredor sul. Já lá estavam alguns dos seus colegas, por isso esboçou nos lábios um sorriso e fingiu que não era só mais uma manhã monótona e triste. E assim o dia continuou...

Talvez esteja a voltar ao normal...
Já me sinto a uns 70%, por isso já é bom!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Escrever?

Sei que não tenho escrito muito, mas só ontem é que percebi a verdadeira razão para tal. Parece que quando dizemos as coisas em voz alta elas se tornam oficiais e acabamos por as entender melhor.
2013 ainda não melhorou para mim, nem sei se vai melhorar tão depressa. Ainda estou deprimida e nem vontade de pegar num livro para ler tenho. Costumava sentir-me melhor depois de escrever umas páginas sobre o meu estado de espírito, o pior é que ultimamente tudo o que escrevo acaba por me parecer ridículo ao fim de poucas linhas e o papel acaba sempre no lixo. Não sou capaz de escrever seja o que for (e estou a fazer um grande esforço para tentar que este texto faça sentido). 
São demasiados probleminhas a chatear-me a cabeça. Ando cansada, preguiçosa, aborrecida e triste! Começa a tornar-se mesmo complicado andar por aí a fingir que está tudo bem e que nada do que anda a acontecer me diz respeito e que por isso não me afecta. MENTIRA!!! Não está tudo bem porque o que anda a acontecer afecta-me! E apesar do que dizem por aí, afecta muito mais pessoas do que só a mim... essas pessoas é que fingem melhor do que eu e andam por aí a sorrir como se nada fosse.
O pior é que já nem falar posso. Diz que se falar estou a cavar a minha sepultura (que está cavada já até meio). Dizem que penso com o coração e que não sou racional. MENTIRA!!! O problema é que eu sou racional (mais valia pensar com o coração). Se não fosse racional não andava para aqui cheia de dilemas na minha cabeça à cerca do que devo fazer. Estou no meio de duas partes zangadas e, quer eu queira quer não, cada uma das partes é dona de um bocadinho de mim. Não me posso dividir, mas ficar no meio também não está a resultar. 
Pergunto-me a toda a hora onde está aquela parte de mim, que após uma boa noite de sono, chegava e punha tudo bem outra vez. Talvez não chegue porque eu não tenho dormido bem... Apesar de tudo vou continuar a tentar lutar para que fique tudo bem (mas ainda vai acontecer muita merd* antes de ficar tudo bem, e eu sei disso). Queria parar de levar isto tão a sério e de continuar com o que realmente importa: uma boa média no final e entrar numa boa universidade. 
Escrever? Escrever não está a resultar, mas eu continuo a adorar fazê-lo  e vou adorar sempre. É por isto mesmo que vou ser teimosa comigo própria e vou obrigar-me a escrever mesmo que não queira. Vou conseguir animar-me, eu sei que sim! (e isto não é mentira)

P.S.-Vem Carnaval que o que eu preciso é FESTA!!! :)


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Meus caros, Bom Ano

Caros leitores, Bom Ano! Peço desculpa por poder parecer que vos abandonei. Não me esqueci de vocês e continuo grata aos que permanecem fiéis às leituras que aqui vos proporciono.
2013 não está a ser como eu tinha planeado (talvez por eu não ter planeado grande coisa). Posso até dizer que este principio de ano me está a correr mal e a verdade é que eu desejava ter ficado em 2012. As coisas estavam bem por lá.
Ando deprimida e entre casa e escola não me resta tempo, nem disposição, para vos dar noticias, lamento. Confesso que a razão de estar a escrever hoje é maioritariamente numa tentativa de me animar a mim própria.
Começo finalmente a compreender assuntos que para com os quais desejava permanecer na pura ignorância, pois como menina mimada que sou (dizem, e talvez até seja), a realidade e a verdade dão-me somente lágrimas e nada mais.
Atravesso uma fase (espero eu que assim o seja) em que as amizades estão a ser postas à prova e compreendo que em alguns momentos só posso contar com a minha pessoa, e para ser franca, a minha saúde está frágil (quer mental, quer física). 
Outra das coisas que me incomoda, ainda mais nos últimos dias (por via do tempo estar a fugir), é a pressão de concluir o secundário e não saber o que quero fazer  de seguida. Por isso me encontro em tal estado, lastimável e desprezível!
Desculpem só ter agora ter dado sinais de vida.
Que o vosso 2013 esteja a correr melhor do que me está a correr a mim.