quinta-feira, 28 de abril de 2011

Desabafo

Odeio olhar para ti e sentir alguma coisa. Esses olhos. Esse sorriso. Odeio olhar para ti e sentir alguma coisa. Odeio a maneira como te comportas, essa tão adorável maneira de falar e a tão incrível forma como só tu te sabes rir. Dizes coisas tão ridículas. És tão querido como só tu consegues ser. Odeio gostar de ti.

sábado, 16 de abril de 2011

"O tempo não demora sempre o mesmo tempo a passar"

A pedido das muitas pessoas que quiseram este texto aqui (devem ter sido umas 3, hehe), e porque este é o meu texto preferido, aqui está:

Na outra noite, acordei exaltada. A ideia de que tinha a vida a passar-me à frente dos olhos e que eu não estava a aproveitar nem um bocadinho começou a preocupar-me. Senti uma enorme vontade de tirar fotografias a tudo o que encontrava para ver se conseguia manter o tempo sossegado, porque sabes, tenho medo de ver o tempo passar por mim sem que eu passe por ele.
Dei por mim a falar com tempo (coisa que ainda parece mais ridicula do que falar sozinha):

"Ó Tempo, tu que passas conforme te vai apetecendo, que fazes o Mundo partilhar momentos, que destróis a vida e que nos fazes viver. Sim, Tempo, esta carta é para ti, para te pedir que abrandes, abranda naquelas tarde de Verão quando estou com a Lúcia e com o Martim no parque, abranda nas horas de almoço de segunda-feira. Esta carta é para ti, para ti Tempo, para te pedir que avances mais rápido nas aulas de quinta, nos dias da semana. Tempo, que passas por aí conforme te vai apetecendo, vive junto de mim e ajuda-me a aproveitar os momentos."

Guardei este texto numa caixa fechada. Não podia arriscar deixá-lo andar à solta por aí. Não podia deixá-lo escapar, como deixei escapar o tempo. Cansada, mas, no entanto tranquila, voltei a adormecer.

(este também foi escrito numa aula de Português, é a composição de um teste que fiz)

Dedico à minha Adriana porque sei que ela gostou muito!