quinta-feira, 28 de março de 2013

O Refúgio

Não sei se já tiveram a experiência de escrever um diário. Digo isto porque à já uns meses que ando a experimentar.
Não é a primeira vez que faço isto, já tinha escrito diários antes (totalmente influencia pelos "Diários de Sofia"), mas agora é certamente diferente!
Antes tentava escrever para os outros. Relatava a minha vida em cenário de filme. Assim, nunca fui totalmente honesta com o que escrevia. Agora escrevo para mim. Escrevo tudo o que sinto e digo-vos que não há ninguém melhor com quem desabafar do que com uma folha de papel. No meu diário, ainda pequenino, encontrei um refúgio para a minha alma. De certo modo, a escrita sempre me ajudou a lidar com a realidade, ainda mais agora que se torna tudo tão complicado. Escrevo para mim porque conto tudo o que não quero que ninguém saiba. Não quero ser a coitadinha que se anda pelos cantos a lamentar, por isso escrevo tudo e guardo tudo, não vale a pena andar por aí a contar às pessoas... nem mesmo aos mais fiéis amigos (que são poucos).

A minha ideia é que quando não precisar mais do diário lhe vou queimar as páginas. É incrível pensar como é possível guardar tanta coisa num simples caderno cheio de gatafunhos. Mais incrível ainda é ver como em tão pouco tempo lhe consegui contar tanta coisa. Tantos pensamentos, tantos segredos, tantas confissões. 
Se algum dia alguém descobre o meu diário... se alguém algum dia o ler (seja quem for a pessoa), estou desgraçada. 
Nunca fui tão honesta com alguém como sou com este caderno e isso diz muito... pelo menos acho que diz.

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