domingo, 3 de março de 2013

Moving on

É maravilhoso quando damos por nós a sorrir sem razão nenhuma. É maravilhoso porque é um sinal de que estamos bem e estar bem tem sido o meu sonho nos passados meses. Depois de tantos pontapés percebi que me podia finalmente levantar, ajeitar a roupa e o cabelo e seguir em frente. Foi o que fiz e aqui estou. Estou bem. Apesar de achar que esta história toda me fez ficar um bocado mais arrogante do que já era, mas o que posso eu fazer? Acho que foi na arrogância que encontrei a máscara por que tanto ansiava. Não é que esteja a querer enganar as pessoas, mas eu não posso fazer os outros compreender o quão estou bem se não pensarem que estou 100% de volta ao normal. Ainda que talvez sinta saudades de conversas que tive ou que dê por mim a sorrir para músicas que cantávamos juntos continuo a negar tudo e digo sempre que está tudo de volta ao normal. 
Por vezes penso que se um antigo amigo ainda aqui estivesse ele ia perceber esta farsa e ia dar-me na cabeça por continuar a imaginar coisas que nunca existiram. Ó como sinto a falta dele. Não que me sinta sempre assim, mas existem momentos em que penso como seria se ele não tivesse desaparecido do mapa sem dar notícias e sem sequer se despedir. Pergunto-me se ele gostaria de me ver como estou agora, ou se ia achar-me insuportável e me ia mandar ir dar uma volta. Ele tinha realmente piada. Tínhamos conversas bastante interessantes. E ele por vezes não concordava com as minhas opções, mas mesmo assim (após horas a dizer-me que estava errada) ele ficava ao meu lado e apoiava-me nas minhas decisões malucas. Não posso dizer que tenho saudades dele, mas tenho saudades dos tempos que passei com ele... Mesmo sabendo que provavelmente não vai acontecer, tenho um pedido: Volta! (de certa forma é um alivio conseguir escrever sobre este assunto)
É por todas estas complicações que não sou capaz de estar a 100%, mas que continuo a convencer-me de que estou. A verdade é que não vale a pena ficar a lamentar-me sobre as coisas que já aconteceram e sobre o tempo que passou e o que não vou conseguir recuperar. Mais vale seguir em frente e deixar de lado esta tristeza que de vez em quando tenta atacar. Não posso parar de sorrir, tenho demasiado medo de ficar fechada na caixa angustiante onde guardei todas as tristezas da minha vida. Não vou parar de sorrir. No entanto, também não me vou esquecer do que sofri em determinadas alturas, porque por muito tempo que passe, o passado não morre!

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