segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Desisto. Ponto final.

Havemos de ter sempre aquele momento em que percebemos que já não vale a pena continuar a lutar por casos perdidos. Lutar. Palavra interessante que significa tanta coisa. Talvez eu nem seja merecedora de a estar a escrever aqui, neste contexto. Não me parece que alguma vez tenha lutado por algo na vida, e dizer isto assim custa, mas é a verdade. Nunca tive de lutar por uma coisa que queria mesmo, porque acabava sempre por desistir ou porque me davam essa coisa mais tarde ou mais cedo. Menina mimada, já sei. Também nunca lutei por ninguém. Talvez o devesse ter feito, mas não sei como se faz, não sei como se luta por alguém. Provavelmente foi este o meu erro desde o princípio. Nunca lutei por ele e nem sei se consegui demonstrar o que sentia da melhor forma. Note-se que começo a tentar deixar de falar neste assunto utilizando o presente. Estes textos já deviam estar mortos e enterrados num buraco bem fundo longe daqui, mas parece que só agora percebo a verdadeira gravidade da situação, percebo onde isto chegou. Cerca de dois anos a dizer gostar de alguém que me ignora na maior parte dos dias, alguém que os meus amigos desprezam, alguém instável, alguém que se diz incapaz de voltar a gostar de outra pessoa. Parece-me estranho não ter desistido mais cedo, devo gostar de sofrer pelo que não vale a pena. Agora percebo que estes dois anos a gostar de alguém não valeram de nada na minha vida. A única coisa que me deram foi dor de cabeça e discussões a defender alguém que provavelmente na maior parte das vezes nem merecia. Não me arrependo das vezes que o ajudei e posso dizer que estive sempre consciente do que estava a fazer, mas chega. Claro que vou ser sempre uma fonte de ajuda se ele precisar de mim, o que duvido. Para o meu próprio bem, preciso de pôr um ponto final nesta história de uma vez por todas. Tenho de parar com isto e seguir em frente para assuntos muito mais relevantes. Tenho imensos objectivos preparados para serem cumpridos e estou aqui encalhada na mesma pedra há dois anos. Desisto hoje. Dizem que mais vale tarde do que nunca, assim espero. 

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