domingo, 1 de setembro de 2013

Guerra antiga

Tenho andado a ler "Anjos e Demónios" do Dan Brown e ontem deparei-me com isto:

"Deus tornou-se obsoleto. A ciência venceu a batalha. (...) Mas a vitória da ciência (...) custou-nos a todos. E custou-nos caro. (...) A ciência pode ter aliviado as misérias da doença e do trabalho penoso e criado uma panóplia de artefactos para nosso entretenimento e conveniência, mas deixou-nos num mundo sem encanto. O pôr do Sol foi reduzido a comprimentos de onde e frequências. As complexidades do Universo foram dissecadas em equações matemáticas. Até o nosso valor como seres humanos foi destruído. A ciência proclama que o planeta Terra e os seus habitantes são apenas um ponto insignificante num grandioso esquema. Um acidente cósmico. (...) Até a tecnologia que promete unir-nos nos divide. Cada um de nós está agora electronicamente ligado ao mundo inteiro, e, no entanto, sentimo-nos irremediavelmente sozinhos. Somos bombardeados com violência, divisão, fractura e traição. O cepticismo tornou-se uma virtude. O cinismo e a exigência de prova tornaram-se pensamento esclarecido. Será de espantar que os seres humanos se sintam hoje mais deprimidos e derrotados do que em qualquer outro momento da sua história? Haverá algo, seja o que for, que a ciência considere sagrado? A ciência procura respostas investigando os nossos fetos ainda não nascidos. A ciência presume, até, rearranjar o nosso próprio ADN. Retalha o mundo de Deus em peças cada vez mais pequenas em busca de significados... e tudo o que encontra é mais perguntas. (...) A guerra antiga entre ciência e religião terminou."

Isto deixou-me a pensar nas consequências da evolução que a ciência atravessa a cada dia. A fé está a ser destruída porque as pessoas se sentem confusas e cada parte delas se sente como se estivesse a ser puxada para dois lados distintos que há muito que deviam ter sido capazes de coexistir. A evolução é necessária, claro, mas a que preço? 

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