quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Causa perdida

Expliquem-me porque é que uma pessoa simplesmente não consegue esquecer outra que já não devia importar, mas importa, muito. Fez sentido? Que merda -.- tinha mesmo de gostar de ti incondicionalmente não era? Eu achava que isto ia passar porque íamos estar afastados, mas não. Penso em ti todos os dias e custa-me não estar contigo e não falar contigo. A culpa é minha, nunca sei o que dizer. O pior é quando dás a entender que não queres falar comigo. Simplesmente não queres saber e não te importas. Nunca foi segredo: eu sempre gostei mais de ti do que tu de mim. 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Das festas

Toda gente sabe que existe aquela parte de andar na universidade que são as festas! É verdade. As festas ocupam uma parte da vida dos estudantes académicos e arrisco-me a dizer que são tanto a sua salvação como a sua desgraça. Passo a explicar. Pelo que sei, e que mais logo vou ter a oportunidade de confirmar, as festas na universidade são uma loucura. Isto seria de esperar porque as festas têm uma formula que só pode tornar as coisas estupidamente loucas. Tentem lá misturar jovem adultos, álcool, música, mais álcool e um espírito louco para festas e vejam no que dá. Está claro que estamos na presença da formula para a completa desgraça! 
Existe, no entanto, uma outra forma de ver as coisas. Ninguém é obrigado a formar parte da desgraça. É perfeitamente possível ir a uma festa sem ter de ficar violentamente alcoolizado, chegando até ao ponto de se esquecer do que aconteceu. A minha opinião quanto a isto foi sempre a mesma: para nos divertirmos não precisamos de beber. Óbvio que não temos de passar cede. Beber uns copos não faz mal a ninguém, o exagero é que faz. O problema dos ditos "jovens" de quem os mais velhos tanto adoram dizer mal é que não se sabem controlar e muitos acham que têm de passar certos "testes" para serem aceites em determinado grupo de pessoas ditas "fixes". Eu acho que ficar perdidamente bêbado é tudo menos fixe.  Não percebo o objectivo sequer. E tenho de dizer que acho realmente triste as pessoas que têm de o fazer para passarem um bom bocado. 
É preciso ter um bocadinho de cabeça e perceber o queremos para a nossa vida. Só depende de nós próprios, acreditem. Por isso hoje na festa, se me vierem dizer que sou uma criancinha porque bebi pouco ou que cheiro a leitinho ou que não sou fixe o suficiente por não estar a emborcar copos a torto e a direito, eu não vou querer saber! Sei muito bem quem sou e não sou nenhuma embalagem para me andarem a meter rótulos e etiquetas com o preço. Portanto, vou a festa, vou-me divertir e não vou precisar de álcool para que isso aconteça. 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Vida Académica

Já começava aqui a fazer falta um breve relato de como está a ser esta nova fase da minha vida. É verdade, agora sou uma estudante universitária e a minha vida está diferente mesmo que não pareça. Até começava aqui a falar de como tenho mais responsabilidades e é preciso mais esforço e isso tudo, mas não creio que seja isso que está em causa neste momento. As responsabilidades sempre existiram e o esforço sempre teve ser feito, em tudo, portanto não vejo como isso possa ser uma novidade. No entanto, existem outras coisas. Noto que o nível de preguiça possa ter tendência para aumentar, porque a exigência é maior, mas cada um opta por o que quer e andamos todos a fazer as coisas conforme nos parece melhor. Isto pode despertar a preguiça que vive em mim, mas vou tentar não ser extremamente atacada. A cidade é outra, a escola é outra, as pessoas são outras, o ensino é outro… Nada está igual, mas ainda não consigo ser capaz de definir lá muito bem o que é realmente diferente. Sei que sou uma estudante universitária que acorda cedo, anda nos transportes a horas de ponta e que vai às aulas e adormece em algumas. Mas continuo a mesma Madalena só que mais crescida, talvez. Claro que tive de alterar um bocado o meu comportamento, afinal de contas estamos a falar de andar na universidade e de estar a dar pequenos passos para me tornar adulta (ai que medo desta palavra!). Tive de aprender a conter o meu comportamento algo infantil e entusiasta, pelo menos até conhecer melhor as pessoas, não lhes quero provocar um choque que os deixe incapazes de falar comigo. Tento agir normalmente como se a minha vida toda tivesse sido assim, mas na maior parte das vezes estou aterrorizada e desejo ter um sítio para me esconder. Vocês todos sabem as dificuldades que eu tenho em socializar e sabem que consigo ser bastante arrogante mesmo sem querer. As respostas curtas e frias são possivelmente um dos piores hábitos que tenho, e por mais que queira responder como um ser humano normal da minha idade faria, digo apenas o necessário e indispensável. Devem todos achar que sou um bicho do mato que não se dá com ninguém e que é incapaz de socializar. Em relação às aulas, existem umas pior que outras, como em tudo na vida. Confesso que ainda não me consegui organizar a 100% e que ainda ando apenas com um caderno todo rabiscado com apontamentos de todas as disciplinas. Acho que o maior desafio vai ser mesmo ter de trabalhar muito com documentos e livros fotocopiados. Nunca gostei muito de fotocópias, o livro original é tão melhor, mas como é de prever, não vou ter possibilidade de comprar todos os livros. Está a ser uma aventura interessante entrar novamente no “mundo da matemática” visto que não tinha contacto com este desde o 9º ano e agora estou de novo a ser posta a prova com problemas a precisar de soluções. No geral está a ser bom. Estou uma verdadeira pró e já me oriento muitíssimo bem nos transportes. As pessoas são fantásticas e não se parecem importar muito com a minha falta de jeito para socializar. Está a ser uma aventura enriquecedora! O pior vai ser quando começarem as festas e começar a ter de estudar a sério. Não contem à minha mãe, mas estou com medo de perder o fio à meada! 

1001 Desculpas

Estaria a mentir se vos dissesse que não me obriguei a escrever este texto. Chega de estar feita parva a andar de um lado para o outro apenas a fazer o que parece ser estritamente necessário para a minha sobrevivência. Passei as últimas duas/três semanas a ir às aulas e a dormir, mas chega. Sim a minha vida deu uma volta enorme, mas isso não justifica o meu comportamento nos últimos tempos. Reconheço que tenho andado distante e parece que não consigo fazer nada para evitar isso. Admito que estou a deixar o blogue morrer, mesmo que não seja essa a minha intenção. Não tenho desculpa, nenhuma mesmo. Tenho tanto para contar e tão pouca vontade de o fazer. Começo a achar que a minha vida agora se vai tornar naquela vida monótona de “gente crescida” e não quero. A monotonia dos transportes públicos, das idas às aulas, até mesmo das conversas nos intervalos. É claro que percebo a origem das conversas. Todas partem do mesmo porque não nos conhecemos bem e não temos confiança uns com os outros. Até mesmo esta desculpa está a começar a falhar. Não posso continuar a acreditar nisto por muito mais tempo, eventualmente vamos conhecer-nos melhor e não posso continuar a dizer que conversamos pouco uns com os outros porque não sabemos nada uns dos outros. Enfim, o pior tem sido andar off com o resto do mundo, com os meus amigos. Tenho realmente muito medo de me estar a tornar numa pessoa solitária que não precisa da companhia dos outros para viver. E isto é mentira, eu preciso da companhia dos outros. Adoro estar sozinha é claro, mas preciso dos meus amigos mais do que tudo e acho que ultimamente isso me anda a passar ao lado. Quase não vejo ninguém agora que a minha rotina semanal começa às 6h da manhã, mas isso não é desculpa para não telefonar, mandar mensagens ou emails e continuar a manter o contacto com as pessoas que me são tão queridas. Sim, eu ando a ser desleixada com os meus amigos. Não telefono, não mando mensagens, nada de nada. Juro que não estou a fazer isto de propósito, longe de mim tentar afastá-los, mas acho que é o que estou a fazer. Continuo a inventar desculpas a dizer que agora ando ocupada ou que estou cansada ou que tenho de fazer isto e aquilo. A verdade é que eles também estão cansados e ocupados! Vistas bem as coisas, eu não fui a única a ir para a universidade. Não estou a ser a única a ter de se adaptar a uma vida nova e diferente de tudo o que já tinha vivido. Custa, eu sei que sim. No entanto, continuo a esquecer-me deles constantemente. Não posso continuar a inventar todo o tipo de desculpas que me fazem pensar que não faz mal não falar com eles. Eles não vão ficar sentados à espera que eu me decida e volte ao normal. Eventualmente cada um vai seguir com a sua vida e eu vou ficar para trás porque fui parva e estava a atirar areia para os meus próprios olhos. Eu preciso de me manter em contacto com eles. Tenho de me manter em contacto com eles. Existe um grupo de pessoas que eu não quero perder, porque cada uma dessas pessoas conseguiu criar uma parte do que sou hoje. Não me posso desleixar. Mesmo que ao final de um dia esteja cansada e que só consiga imaginar como seria bom deitar-me na minha caminha, não posso deixar de lhes mandar um “olá, como estás?” porque são estas pequenas coisas que não deixam uma amizade morrer. Não posso esperar que sejam eles a vir ter comigo porque uma amizade exige esforço e dedicação. Tenho seriamente de me pôr ao caminho porque a viagem começou sem mim. Portanto, chega de desculpas!